sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Diálogo – O último do ano

 

- Então, chegou a hora.

- Chegou?

- Yep.

- Mesmo? Eu não posso adiar isso mais um pouco?

- Na verdade, se você adiar isso um pouco mais, não vai dar tempo e então a coisa toda vai perder o propósito.

- É, você tem razão.

- Eu sei.

- Então...

- Então...

- Por onde começar?

- Não tenho certeza.

- ...

- Ok, sempre eu quem tem de escolher tudo mesmo. Então o começo pode ser... Bem, o que era esperado para 2010, antes de 2010 começar?

- Olha só... É um bom jeito de começar.

- Eu sei. Então comece.

- Muito bem. Provavelmente o que eu mais pensava sobre 2010 era o quanto eu ia estudar mais e me esforçar mais na faculdade.

- E aconteceu?

- Não, você sabe que não. Meu maior objetivo, dentro disso, porém, eu consegui. Nota máxima nos quatro bimestres de Foto. Mas, mesmo assim, é... Eu continuei sendo uma boa aluna, mas nem perto do que eu poderia ter sido.

- Se arrepende? Acha que deveria ter feito diferente?

- Não sou muito de me arrepender, na verdade. Acho que estaria um pouco mais satisfeita comigo mesma, se tivesse ido melhor. Mas também sei que teria enlouquecido de vez, se tivesse feito tudo do jeito que planejei no final do ano passado. Não sei... É um pouco do mesmo que sinto em relação a tudo o que eu fiz no colegial: Provavelmente muitas coisas mudariam para melhor, se eu tivesse feito diferente, mas o jeito que eu escolhi fazer também trouxe coisas boas.

- Então fale sobre o que ser vagal esse ano trouxe de bom pra você.

- Eu não fui vagal.

- Foi.

- Não fui. Eu fui... Um pouco menos... Rígida.

- Vagal.

- Ok, vagal.

- Mas não tem problema quanto a isso, você não deixou de cumprir com as suas obrigações, de qualquer modo. E teve boas notas. Agora fale, vamos.

- O que me trouxe de bom? Bem... Eu passei um pouco menos de nervoso, aprendi que não preciso fazer absolutamente tudo, para que o resultado final fique de meu agrado. Acho que aprendi a confiar que trabalhos em grupo são feitos em grupo.

- Legal isso sobre confiança.

- Pois é. Isso também pode ser bastante perigoso, algumas horas, sabe.

- Ah, com certeza. Depositar confiança em alguém e se decepcionar com o resultado não é nada legal.

- Exato. Especialmente se é você quem vai ter de consertar depois.

- É. Mas, de qualquer modo, legal ter aprendido isso. O que mais? O que mais você esperava?

- Acho que me foquei só nisso. Não pensava em mais nada, na verdade.

- Entendo. Então o que você não esperava, que acabou acontecendo?

- Basicamente todo o resto.

- Como assim?

- Foi um ano completamente... Diferente. De tudo o que eu já vivi, de tudo o que eu pensei e de tudo o que eu já imaginei que fosse possível acontecer.

- Quer citar algumas coisas?

- Eu virei moderadora do lugar que... Foi a minha casa, durante uma fase muito complicada uns anos atrás. Agora eu ajudo a cuidar dela. Isso foi muito inesperado e muito, muito legal.

- Hum, muito bem. O que mais? Não esconda nada.

- Isso seria praticamente violação de privacidade, sabe.

- E não é exatamente esse o objetivo disso tudo?

- É, você tem razão.

- Eu sei.

- Bem... Eu não esperava tantas reviravoltas. O ano começou um turbilhão, continuou sendo um turbilhão e está terminando como um turbilhão. De tudo... De sentimentos, de confusões, de mudanças, de contradições...

- Ah, as nossas famosas contradições...

- Pois é. Esse ano elas estiveram especialmente presentes e exerceram papéis fundamentais em basicamente todas as etapas.

- Muito bem, mas não fuja do assunto. Conte um pouco sobre os turbilhões. Faça um resumo rápido sobre do que aconteceu, o que você sentiu.

- Eu me senti confusa em grandíssima parte do tempo. E estou terminando esse ano confusa, inclusive. Eu tomei decisões importantes e também fui afetada diretamente por decisões importantes que outras pessoas tomaram. Dei grandes passos, também, e muitas vezes me vi fazendo o caminho exatamente inverso ao que eu deveria ou planejava estar fazendo.

- Soa como um ano agitado.

- Não sei, é engraçado. Acho que aconteceu tanta coisa esse ano que, quando eu paro pra pensar em tudo o que aconteceu em janeiro, parece que foi há cinco anos. Lembro de estar conversando com minha irmã, na segunda ou terceira semana do ano e nós falando: Nossa, tanta coisa já aconteceu esse ano que nem parece que estamos só no primeiro mês.

- Certo... Já chegamos ao começo do ano, veja só. Prossiga.

- Bem, as aulas começaram e, não foi logo de primeira, mas algumas semanas depois eu acabei me aproximando de alguém que fez parte de boa parte das minhas melhores memórias do ano.

- É mesmo? E eu suponho que você não esperava por isso.

- Definitivamente fazer novos amigos não fazia parte dos meus planos. Ela apareceu e, junto com ela, ganhei mais dois de brinde.

- Continue.

- Os dois anos anteriores haviam sido de completa... Falta de vida social, sabe. Esse ano foi divertido. Dificilmente ficava mais de dois finais de semana sem sair de casa, nem que fosse só pra tomar um sorvete. Também nunca na vida comi tanto Mc Donald’s. Ouvi muito, muito Teatro Mágico... E aprendi que, ao contrário do que eu pensava antes, sei lidar muito bem com amizades baseadas em contraste.

- Amizades baseadas em contraste?

- Sim. Existem as amizades por identificação e as por contraste. Essa é por completo contraste. E nós nos saímos muito bem nisso.

- Então foi um bom ano nesse sentido de amizade, não é?

- ...Bem...

- Bem...?

- Eu acho que basta dizer que foi um ano de grande aprendizado, nesse sentido.

- Aprendizado?

- Sim.

- Tudo bem, fale pelo menos um pouco. Curiosidade, sabe como é.

- Bem... Na verdade foram coisas acontecendo durante o ano inteiro, que ainda estão acontecendo, sobre amizades de milênios e sobre amizades recentes. Algumas coisas que fogem do meu controle e outras que cada vez mais percebo que só acontecem dentro de mim.

- ...Ok... Go on.

- Eu me decepcionei muito, muito mesmo. Ao mesmo tempo que me surpreendi positivamente com muitas coisas, também. Chorei bastante, tanto de tristeza, quanto de alegria. Perdi algumas pessoas, ganhei outras, reatei uma amizade especial...

- Estou te sentindo um pouco cabisbaixa com esse assunto.

- Como eu disse, algumas coisas ainda estão abalando.

- Tudo bem, então fale sobre a amizade especial que você reatou.

- Foi com certeza uma das melhores coisas que me aconteceram. Brigamos no comecinho do ano e reatamos alguns meses depois. Foi a pessoa com quem eu mais conversei, durante o ano inteiro. Com o tempo, conseguimos de volta tudo o que tínhamos perdido e, agora, somos inúmeras vezes mais unidas do que já éramos.

- Great. Você está feliz novamente. Conte um pouco mais sobre boas coisas com amigos.

- Meus melhores amigos de infância vieram me visitar na semana do meu aniversário. Depois, em julho houve mais um encontro com as minhas três lindinhas em São Paulo. Foi maravilhoso ter as três ali comigo. Os quatro corações e tal, foi muito, muito bom. Então, algum tempo depois, provavelmente dentro de duas das piores semanas do ano, eu acabei me encontrando com as pessoas que me fizeram rir durante o colegial inteiro. Foi incrível. E agora, no fim do ano, eu e meu melhor amigo estamos muito, muito próximos. Sendo importantes um pro outro, do jeito que a gente sempre foi... Mas dessa vez está mais forte.

- Então, pelo que estou vendo, esse ano foi fundamental para, basicamente, você perceber quem vale a pena e quem não vale. É isso?

- É exatamente isso. Eu tenho me esforçado para manter perto de mim todo mundo que é realmente importante. Curiosamente, a maioria está fisicamente muito longe de mim. Mas, mesmo assim, é bom continuar comprovando que amizades “virtuais” são tão valiosas quanto as “reais”. Fora o quanto a internet me permite manter contato com quem eu não posso ver sempre, né.

- Fale sobre alguém que você teve de se despedir esse ano.

- Eu vou sentir muita falta de uma professora em especial.

- Uma professora? Mesmo?

- Mesmo. Eu devo a ela muito, muito mesmo, do que eu cresci nos últimos dois anos. Como pessoa, especialmente. Com ela eu aprendi valores que vou carregar pra sempre. Mais do que as outras matérias me ensinaram um pouco para ser uma boa profissional, as matérias dela me ensinaram muito para ser uma pessoa melhor.

- Isso é muito bom.

- É, foi bom aprender.

- Muito bem, acho que já falamos bastante sobre amizade e isso tudo. Sobre o que você quer falar agora?

- Os shows do ano parecem uma boa...

- Tem certeza?

- Tenho. De qualquer modo, foram ótimos momentos. Mesmo que... Enfim.

- Muito bem, então fale dos shows.

- Foi um ano riquíssimo nesse sentido. Comecei com Coldplay, cara...

- Um belo começo.

- Um começo perfeito. O segundo melhor show da minha vida. Bem, depois tivemos o João Rock, festival que eu tenho vontade de ir desde quando eu comecei a assistir a MTV, o que faz bastante tempo.

- Momento para se sentir velha.

- Exato.

- Prossiga.

- Esse ano eu tive a oportunidade de ver Capital Inicial e Jota Quest, bandas que eu morria de vontade de ver há muito, muito tempo. Vi O Teatro Mágico, que conheci esse ano e que já é especial, duas vezes. Vi Kings Of Leon! Kings Of Leon!

- É, você viu Kings Of Leon. Foi o melhor?

- Foi definitivamente o melhor. Conheço há dois anos, mas é... É uma das minhas bandas favoritas, sem sombra de dúvida. Vê-los ao vivo foi... Incrível.

- E, bem...

- Não.

- É necessário. Isso é uma retrospectiva. Como você vai deixar o mais importante de fora?

- Mas...

- Vai.

- Bem... O dia seguinte do Kings Of Leon foi com certeza o pior dia da minha vida, até hoje. E, ah! Pronto, registrado, podemos ir pro próximo assunto?

- Mas...

- Próximo assunto.

- Ok. Bem... Já que estamos recapitulando essa época...

- Oh no. Você quer me matar de vergonha.

- Fale um pouco sobre sua vida amorosa. :D

- Nossa, você não facilita, hein?

- De todo modo, mais uma parte importante que não podemos deixar de fora.

- Bem... Em um ano onde eu esperava “estacionar” esse quesito... Eu realmente... Não estacionei at all.

- Prossiga.

- Foi agitado. O ano mais agitado, nesse sentido, até hoje. Não exatamente sobre amor... Porque eu já passei da fase de me apaixonar em toda esquina. Mas... É, foi agitado.

- É impossível tirar informações sobre isso com você.

- Eu sei.

- Ok, só uma última pergunta sobre isso, então?

- ...Manda ver.

- Você se apaixonou?

- ...

- Responda!

- Mas...

- Ah, c’mon. Não se faça de recatada.

- ...

- Responda. Você se apaixonou?

- Sim. Próximo assunto.

- Mais de uma vez?

- ...

- Responde!

- Não vou responder! Você disse ali em cima que seria só mais uma pergunta!

- Vou interpretar sua recusa como um sim.

- ...Próximo. Assunto.

- Família?

- O que tem a família?

- É o próximo assunto, oras!

- Ah, sim.

- Lenta. Vamos, fale sobre família.

- Foi o que me manteve viva e respirando.

- É mesmo, não é?

- Definitivamente.

- Tell me about it.

- Bem, mais dezenas de momentos inesquecíveis com minha irmã. É lindo o quanto nós nos tornamos mais e mais amigas, conforme vamos crescendo e amadurecendo. Depois, eu e meu pai nos tornando amigos também, compartilhando interesses. E... Eu e minha mãe... Passando por momentos difíceis e, no fim, percebendo que... É impossível ficarmos de cara virada por muito tempo.

- Fora tudo o que você pensou sobre família, durante, well, aquelas duas semanas inesperadas em São Paulo.

- Nem me fale.

- Não, é você quem fala aqui.

- Você tem razão.

- Eu sei.

- Sabe, provavelmente o objetivo de tudo o que aconteceu no dia 11 de outubro, foi o de... Me manter perto de pessoas que eu nunca tenho a oportunidade de ficar junto por muito tempo. É o que dizem, né, você percebe melhor as coisas no meio do caos do que quando está alegre. Do mesmo jeito que é fácil se dar bem com alguém quando está todo mundo feliz. Mas, para perceber o quanto um amor é de verdade mesmo, nada melhor do que uma madrugada inteira tossindo sem parar.

- Aquilo foi... É.

- É. Acho que o momento mais... Forte... Do ano inteiro.

- Estamos nos prolongando demais. Vamos fazer um ping-pong?

- O quê? No maior estilo talk show cafona?

- Exatamente.

- Taí. Topei.

- Melhor descoberta de 2010.

- Bacon. Me sinto mais inclusa na sociedade, agora que gosto de bacon.

- Mentira que a sua melhor descoberta de 2010 foi bacon. Por favor, né, estamos falando sério aqui.

- Ok, ok. Então... Descobrir com quem eu posso contar e com quem eu não posso.

- O que você aprendeu e mais gostou?

- Não quero que isso vire auto-ajuda, sabe. Então eu vou responder que... Fazer as unhas! Adorei aprender a fazer as unhas.

- Parte mais legal do ano.

- Copa do mundo. Por... Tudo.

- Maior mudança.

- Mudar de Jornalismo pra Publicidade.

- Espere. O QUÊ?!

- Isso mesmo que você ouviu. Ou leu. Espere, estou confusa, já não sei mais.

- Você sempre foi confusa. Você é confusa. Mas... O QUÊ?!

- Ora, pra alguém tão favorável à racionalidade... Decisão mais racional que essa, impossível, não?

- É, você tem razão. E não use a minha fala. Não diga que sab—

- Eu sei.

- ...

- Chega desse ping pong. Não é tão legal quanto eu imaginei.

- Não, espere, só mais uma. Todo ping pong tem uma última pergunta importante.

- Ok, só mais uma. Seja original.

- Defina o ano em uma palavra.

- Nossa, isso foi o melhor que você conseguiu?

- Anda logo.

- Intenso.

- Nossa, isso foi o melhor que você conseguiu?

- Cale a boca.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

#foREVer

 

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Você não pertencia a esse mundo, de qualquer modo. Pessoas como você são simplesmente boas demais pra se prender num lugar feio como esse que a gente vive (e que a gente mesmo destrói). Foi a minha primeira perda nesse sentido… E eu gostaria muito de poder pensar “e eu espero que seja a última”, mas eu sei o quão impossível isso é. Hoje faz um ano. E você faz muita, muita falta mesmo, JimmyBoy. E agora só nos cabe agradecer, e muito, por você ter se dividido com a gente antes de ir embora.

I hope you found peace on the other side.

 

Avenged Sevenfold – Critical Acclaim live (porque foi com esse vídeo que ele me conquistou)

sábado, 25 de dezembro de 2010

Do lado de dentro.

 

Eu estava recusando a escrever algo sobre o Natal. Me recusando terminantemente, mesmo se viesse uma ideia boa demais para ser ignorada, eu faria questão de jogá-la fora pelo simples prazer de jogá-la fora.

Quando eu era pequena, assim como pra todos ou para a grande maioria, Natal era uma data esperada o ano inteiro. Mais do que o meu aniversário e o dia das crianças. A Páscoa eu não considero, porque eu só comecei a gostar de chocolate ano passado (é, eu sei).

Minha família, tanto por parte de mãe quanto de pai, nunca foi religiosa, no sentido de seguir à risca uma religião ou outra, mas fé e crenças nunca faltaram e eu incorporei-as, como toda criança o faz com o que capta dos ambientes ao seu redor.

Cresci um pouco e aprendi a rezar o Pai Nosso e a Ave Maria meio por conta própria, porque realmente não era um costume em casa. Foi uma escolha que eu fiz, porque me parecia certo e, como na escola a maioria dos meus professores e colegas eram católicos, eu acabei “aprendendo” que era errado não rezar. Eu tinha (e ainda tenho, é um dos meus melhores amigos até hoje) um amigo ateu na sala de aula e meus professores tentavam dizê-lo que aquilo não fazia sentido. Eu me pegava concordando com eles e, ao mesmo tempo, pensando que eles deveriam deixá-lo em paz com sua própria crença.

Pra mim, Deus existia e pronto. Alguns acreditavam, outros não, mas Ele existia e fim de papo. Bem aquela coisa de você tomar a sua própria verdade como uma verdade universal. Então o Natal, pra mim, era data de cantar parabéns pra Deus e ganhar presentes por ele. Eu ficava muito feliz com tudo aquilo. Não era só sobre ganhar presentes, era também sobre celebrar o aniversário dele.

Hoje em dia, eu me sinto meio esquisita falando sobre isso. Muita, muita coisa mudou. Especialmente o fato de eu ter aprendido que a minha verdade não é maior do que a de ninguém, o que me levou a concluir que tudo é contestado e que não existe uma verdade universal, além a de que todo mundo vai morrer um dia. E aí começou a crise.

De repente, eu tinha dezessete, dezoito anos, e estava contestando absolutamente tudo o que eu sempre aprendi como verdade. Eu mesma estava destruindo a minha base fundamental. O Natal passou a fazer um pouco menos de sentido e eu me sentia mal por estar comemorando algo que eu não sabia mais se acreditava ou não.

Esse ano foi o ápice disso. Eu perdi completamente a empolgação com o Natal e, sendo honesta, só apoiei a decoração da casa porque sei o quanto minha mãe adora a data. Passei o dia todo me sentindo estranha, porque ia celebrar de novo uma coisa que acredito cada vez menos que seja real (não estou dizendo que sou ateísta, estou dizendo que… Não sou cristã.). Em suma, eu estava me sentindo extremamente folgada por usar uma data, de uma crença que não é a minha, como desculpa para me vestir bonita, comer bem e ganhar presentes.

Fui meio arrastada até a mesa da ceia e a coisa toda começou a ficar um pouco diferente. Jantamos, comemos sobremesa (eu experimentei rabanada! Nunca tinha comido rabanada. Me sinto mais inclusa na sociedade agora que eu como e gosto de rabanada), jogamos pôquer e trocamos os presentes.

Por fim, acabei me lembrando de uma frase que li no Twitter hoje à tarde. Algo como: Feliz Natal, seja lá o que ele signifique pra você. E aí foi como se uma lâmpada acendesse em cima da minha cabeça.

O Natal, hoje em dia, é muito mais sobre o que você pensa sobre ele do que… Sobre o significado “literal” dele. Cada um que vê a data como especial, tem o seu próprio motivo pra isso. E então, eu, agora comecei a enxergar de um jeito diferente.

Pra mim, agora, Natal vai ser sobre ter uma noite especial com quem eu estiver. Sobre desejar tudo de bom, trocar boas energias (porque taí uma coisa que eu acredito) e ter um bom momento. Então agora, a uma e meia da manhã do dia 25 de dezembro, eu não me sinto mais esquisita por comemorar o Natal.

Então agora, a uma e meia da manhã do dia 25 de dezembro, eu finalmente desejo o mais sincero dos FELIZ NATAL. Seja lá o que ele signifique para cada um.

A Ouvir: O Media Player no shuffle acabou de sortear “Cold Desert”, do Kings of Leon. Puta música pra fechar a noite MESMO.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Chuva e Batatas Fritas

 

Está chovendo lá fora. As batatas estão no fogo, quase prontas. Como já sinto o cheiro delas, percebo que tenho de ser breve. “Kids” do MGMT tocando muito alto, pra conseguir sobressair (mas sem abafar completamente) ao som da chuva.

Eu acabei de sair da última prova do segundo ano de faculdade. Não sei se fui bem e é a matéria que eu mais preciso de nota. Não sei o que estou sentindo e pensando em relação a isso, além da extrema preocupação.

Está muito quente aqui dentro. Não sei bem se por eu estar usando calça jeans e tênis ou se por o ventilador estar desligado ou se pelos dois.

Apesar de ter me tornado mais tolerante, eu ainda não gosto muito de barulho de ventilador. Por isso desliguei. Dois barulhos, o do ventilador e o da chuva, conseguiriam me enlouquecer ainda mais.

Está parando de chover. Toda vez que eu decido escrever com barulho de chuva, digito estupidamente rápido, pra conseguir acabar antes de a chuva cessar.

Dessa vez eu não consegui. Que pena. Qualquer hora eu volto. Só queria colocar algo por aqui.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Capitã da sexta divisão

 

Se existe uma única palavra que me defina agora, essa palavra é nostalgia.

Lembrar daquilo, de tudo aquilo. Dos “bom dia” sonolentos ao chegar e dos mais empolgados algumas horas depois. Dos “É aula de quem agora? Ah não, jura??”. Dos bilhetinhos que rendiam risadas altas (e, né, tiravam toda a discrição da história), alguns escritos em código – às vezes de exército, às vezes naquele de substituir pela letra anterior do alfabeto.

As pizzas e o Habbib’s de sexta, as panquecas com brigadeiro, as festas do pijama e a festa do miojo. Dizer pro professor que estava passando mal e matar o resto da aula no banheiro (crianças, não façam isso).

A união, a cumplicidade, o corredor da sala dos professores e o fósforo branco. As risadas, as risadas e as risadas.

Nostalgia. Lembrar de como nos metíamos em conflitos dignos de pessoas adultas ao mesmo tempo em que algumas bacias de pipoca e um filme qualquer eram o suficiente para nos fazer rir por uma noite inteira. E o filme nem precisava ser de comédia.

Lembrar de como era tudo mais simples, mais engraçado, mais em família. Lembrar de tudo daquele tempo, que nem faz tanto tempo assim.

Nostalgia.

Se existe uma única palavra para definir esses momentos, essa palavra é saudade.

 

Aspirante ouve: Sugarcult, Counting Stars. Curiosamente (ou não) a música que embalou a fase “logo após” todo esse tempo descrito acima.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ponderações

 

“Não valia a pena. Dessa vez, diferente de quase todas as outras, não valia a pena reviver sentimentos desagradáveis simplesmente para tentar colocá-los para fora e analisa-los em perspectiva. Não queria, tampouco precisava disso.

Durante todo o tempo, pensou em tudo o que gostaria de dizer e até mesmo elaborou uma dúzia de boas frases. Considerou, ponderou e optou por esperar mais um tempo, até que a cicatriz se fechasse corretamente e não corresse o risco de se abrir e estragar tudo de novo.

Pois bem, esperou e continuou ponderando. Por fim, percebera que não importava o quanto fosse escrever sobre aquilo, não ia ajudar. Meia dúzia de parágrafos não fariam o que nem o tempo conseguia fazer, isso porque, todos dizem, o tempo costuma resolver tudo.

Não valia a pena. Não valia a pena discorrer sobre um mal momento se correria o risco de deixar de lado o fato de que a véspera de todo o problema fora um dos melhores dias de sua vida.

Viveu um sonho, afinal de contas. Ainda que tenha sido só metade dele, não deixou de ser um sonho. E, de qualquer modo, nunca pensou que uma metade de sonho pudesse ser tão maravilhosa. Superou suas expectativas, que, admitia, eram grandes até demais.

Não valia a pena. Escrever sempre lhe significou dividir, fosse com si mesma, com os outros ou só com o editor de texto. E esse não era um sentimento que quisesse dividir.

Já que era assim, seguiria sua filosofia de evitar a fadiga e pouparia seus leitores de um drama desnecessário. No lugar disso, então, deixaria o tempo continuar tentando fazer o que os parágrafos não conseguiriam.

O tempo resolve tudo, é o que dizem.”

 

Aspirante Ouve: Eminem feat. Rihanna – Love The Way You Lie. E agora alguém me explica por que raios essa música me inspirou a vir finalmente escrever algo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

De repente, só ansiedade consegue definir

 

Me impressiono por não ter falado sobre isso, aqui, até agora. Especifico o “aqui” porque, de fato, tudo o que meus amigos e/ou pessoas mais próximas ouvem de mim, ultimamente, é sobre isso.

É, queridos, eu estou me preparando para ir realizar um sonho. E, ainda por cima, muitas outras coisas acontecerão antes desse “sonho” propriamente dito acontecer de fato. Para quem não sabe, eu estou com as malas prontas, com destino ao SWU Brasil.

Não vou me estender muito sobre a grade de programação do festival ou discorrer demasiadamente sobre o fato de as minhas três bandas favoritas tocarem nesse festival – isso transformaria esse post em um texto interminável e eu ainda tenho fé de que vou conseguir dormir cedo (iludida, pobre de mim). E não é esse o foco, de qualquer modo. Talvez eu fale mais da proposta do festival em si quando eu voltar.

O foco, hoje, é esse turbilhão de sensações que está dentro de mim, crescendo desde 113 dias atrás, quando o anúncio do festival foi feito e, junto com isso, eu descobri que após seis anos de espera eu finalmente teria uma nova oportunidade de ver a minha banda favorita ao vivo: O Linkin Park estava confirmado.

Ansiedade definia bem, mas não mais. Hoje, é mais do que isso. É a sensação de estar perto de realizar um sonho, de viver dias perfeitos. É estar deitada na cama agora pensando que eu só deitarei nela de novo quando já tiver acontecido tudo.

Quando eu já tiver ido pra São Paulo ter momentos lindos com as pessoas lindas que estão lá. Quando eu já tiver vivido um sábado torcendo para domingo chegar logo (inédito, digam aí). Quando eu já tiver passado um domingo lotado de muitas das minhas bandas favoritas e já tiver visto alguém que eu espero ao que parece ser uma eternidade. Quando eu já tiver repetido todos os detalhes do dia, incansavelmente, testando a paciência da minha irmã. Quando eu já tiver dormido esgotada e esperando o dia seguinte. Quando eu já tiver conhecido pessoalmente tantas pessoas que fazem parte da minha vida há tanto tempo. Quando eu já tiver visto-os ali, na minha frente, de carne e osso e voz e som. E energia e, com certeza, muitas lágrimas e sorrisos.

Coisas que eu espero há um mês, três anos, seis anos, dez anos. Tudo já vai ter acontecido. Eu vou parar e pensar: Gosh, foi a maior ansiedade de toda a minha vida.

Sou uma pessoa ansiosa, sei lidar bem com isso graças à experiência, às “horas de vôo”. Ansiedade me tira o sono, me deixa explosiva, impaciente, emotiva… Mas, eu não posso negar, é bom demais senti-la quando se tem um motivo desse tipo.

Dormirei pouco e não me importo. Estou fazendo pouco sentido e falando demais, mas também não me importo… Só peço desculpas e agradeço a quem estiver lendo até agora.

Eu só preciso registrar. Sem me preocupar com produzir um texto genial, redondo, reflexivo. Preciso deixar marcado, aqui, esse Sete de Outubro de 2010. Preciso deixar registrado, aqui, o começo de um sonho.

Do meu sonho.

Que venham vocês, 10 e 11 de outubro. Junto com o aquecimento no dia 9 e a recarga de baterias no resto da semana que vem.

Eu estou preparada pra vocês. E sei que vocês também já estão preparados e serão inesquecíveis para mim.

Mal posso esperar.

 

Aspirante Ouve: When In Rome - “The Promisse”, porque, sério, se eu ouvir agora alguma banda que vai tocar no festival, eu não vou dormir MESMO. Então vamos nessa, que é uma música deliciosa e que, é, de certa forma remete a algo que vai acontecer nos próximos dias.

 

Era mais do que ansiedade. Já se tornara necessidade de chegar logo, de acontecer logo. Precisava viver aquilo, sentir aquilo, ter aquilo. Logo. Se há tantos dias, meses, esse era o assunto que mais ocupava-lhe os pensamentos, na última semana tornara-se o único. Tudo o que ia acontecer, tudo o que ia se fazer sentir, tudo o que ia mudar depois que passasse…

Desespero e euforia. Ansiedade, alegria. E felicidade, por que não? Não conseguia mais definir. E também não o queria mais. Ali, naquele quarto escuro, embalada por aquela sonoridade dos 80’s, ela só queria que chegasse logo. E que, enquanto durasse, fosse eterno.”

 

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Aspirante Recomenda – James Blunt. E um pouco sobre, é, sentir.

 

Deve ter alguma coisa na voz desse James Blunt que aciona um dos meus milhares de interruptores internos e impulsiona de uma forma sobrenatural a minha vontade de escrever.

Não sei se é a voz doce, ou a sua profundidade. Também não sei se é o instrumental ou se são as letras – ah, essas letras. Só sei que, de fato, é como se ele me incentivasse a vir falar tudo o que eu sempre tenho vontade de falar e que não só não o faço por pura preguiça de abrir o ícone intitulado “Escrevedor” e gastar (ou investir, não sei) um pouco do meu tempo aqui.

Talvez descobrir o motivo não seja de fato necessário, sentir já basta… E, oh, eu disse isso no post anterior, né? Sentir, sentir, sentir.

Incrível como essa palavra se aplica a tudo à nossa volta, não é mesmo? Sentir uma música, um gosto, um cheiro… Alegria, tristeza, mal-estar, borboletas no estômago… É tudo sobre sentir.

Mas, bleh, estou perdendo o foco.

Decidi vir aqui hoje, porque há alguns meses eu tecnicamente iniciei uma nossa “Sessão” aqui no blog. E ela só tem um post até agora, ops. Enquanto ouvia James Blunt, me peguei pensando exatamente o que mencionei no primeiro parágrafo: Como é inspirador, céus!

Conhecido pela maioria como apenas o cantor da chiclete “You’re beautiful, you’re beautiful, it’s true” (você está cantando essa música nesse momento, mentalmente ou não, e me odiando muito por eu ter te lembrado que ela existe, né?), ele vai realmente muito além disso. De fato, não posso me considerar das maiores fãs de música romântica, com letras que falam de amor, mas James Blunt me conquistou. Tanto para sorrir quanto para chorar, James Blunt é música para… Sentir.

Como eu não pretendo ser presa (ainda) ou ter esse blog retirado do ar, não colocarei uma infinidade de links para download das músicas dele, mas vocês são leitores muito espertos e sei que não terão dificuldade na pesquisa, caso tenham se interessado, mas se não tiverem conseguido, entrem em contato e eu posso ajudá-los com isso, hehe.

Então, para finalizar, deixo-os com os vídeos das minhas duas músicas favoritas (o clipe oficial de uma e a versão ao vivo de outra, porque, é, penso que música ao vivo é sempre muito melhor) e que, inclusive, embalaram a produção esse post.

Com vocês, leitores mais lindos do mundo, James Blunt:

“Same Mistake” – Videoclipe oficial:

 

E “Carry You Home” – Ao vivo e legendado em português:

 

Espero que gostem :)

domingo, 26 de setembro de 2010

Aquela Velha História

“Não sabia o que dizer. Debruçada sobre a escrivaninha antiga daquele ambiente familiar, analisava a folha em branco no editor de texto, com aquele “tracinho que pisca sem parar, me deixando ainda mais impaciente” – como costumava dizer. Não sabia escrever à mão, não adiantava. Tentara, de fato, o caderno aberto ao seu lado, com mais riscos do que palavras legíveis, provava isso.

Queria contar, registrar, colocar tudo para fora, para ler e conseguir enxergar tudo por outra perspectiva. Era por isso que gostava tanto de escrever. Entendia, na verdade, como fator fundamental para o entendimento de seus próprios pensamentos e sensações. Para aquelas novas sensações, céus, adiou por tantos dias…

Não por medo de se chocar com a realidade ou por vergonha, apenas por… Nem saber por onde começar. Ok, sendo sincera, o medo podia também ser considerado um dos motivos. Escrever tornaria tudo ainda mais real, mais de verdade. E o medo era justamente… Perceber que aquilo era de fato tão bom quanto parecia ser em seus pensamentos. É assustador, afirmava em voz alta, olhando para a parede atrás da tela.

Era aquele turbilhão de sensações novamente. Aliás, a palavra “novamente” não podia de jeito algum estar presente naquela descrição. Era novo e muito diferente. Parecia certo, daquela vez. Não lhe ocorreu, em momento algum, a costumeira indagação “Tem certeza? É isso mesmo que você quer pra você agora?”. Naquele caso, não houve tempo para indagar. Era certo demais. Era bom demais.

Give me reason,

but don’t give me choise,

‘Cause I’ll just make

The same mistake again*

Foi o que digitou finalmente, seguindo as palavras cantadas pela voz doce do artista que tocava em suas caixas de som. Sorriu. Talvez a sua interpretação daquele verso fosse a mais divergente possível.

O mesmo erro novamente. Era assim que costumava tratar o assunto. O mesmo erro, pela terceira vez. Sorriu ainda mais. Parecia um erro tão adequado… Tão… Ideal. Ainda que fosse muito cedo para qualquer conclusão, poucas vezes esteve tão decidida quanto a alguma coisa. Tão certa, tão motivada.

Era aquilo, então. Não precisava gastar mais de seu tempo “colocando tudo em perspectiva”. A perspectiva estava ali, na sua frente. Não havia mais o que pensar ou o que pesar. Não tem mais volta, de qualquer modo, falou à parede mais uma vez.

Retirou o aparelho da tomada, reduzindo assim um pouco do brilho da tela. Estou com pressa, mas também não preciso destruir o planeta ainda mais, pensou. Levantou-se e saiu pela porta.

Era hora de viver, não de pensar mais. Era hora de ver, não de analisar. De confirmar a sua certeza, não de ficar buscando indagações.

O que estaria deixando para trás?

Apenas uma tela iluminada, com quatro versos copiados e um ponteiro insistente, que já não lhe causava mais tanta impaciência.”

*Trecho da música “Same Mistake”, do James Blunt.

 

Aspirante Ouve: James Blunt, o álbum “All The Lost Souls”, versão Deluxe. Mais um daqueles deliciosos de se ouvir. Mais uma vez me inspirando a relatar meia dúzia de fatos em meia dúzia de linhas.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

#blogday

Criado em 2005 pelo site http://www.blogday.org/, o Blog Day” é comemorado no dia 31 de agosto. Nesse dia, blogueiros de todo o mundo, além de entrarem nos Trending Topics do Twitter com a hashtag “#blogday”, postam em seus diários virtuais indicações de cinco blogs que acompanham e gostam, visando compartilhar seu gosto e até mesmo influências com aqueles que os lêem (sem esquecer que os blogs indicados devem ser notificados por quem os indicou).

Me senti uma blogueira desatualizada e ingrata por só ter descoberto sobre o “Blog Day” agora, no meio da tarde (e só descobri por ter sido indicada pelo Filhos Duma Pauta). Para me redimir, decidi fazer parte do movimento e indicar cinco dos meus blogs preferidos. Vamos lá.

 

PRAZAMIGA

Prazamiga

O antigo “Melhor Amigo Gay”, sucesso absoluto no Twitter, está de casa nova. Postagens sempre muito bem humoradas com informações válidas tanto para mulheres quanto para os homens, seja qual for a sua orientação sexual. Longe de ser um monte daquelas dicas chatas para pré-adolescentes, o “Prazamiga” posta sobre comportamento, sexo, estética e responde dúvidas dos leitores.

No Twitter: @imsowhore

 

HOJE É UM BOM DIA

hbdia

Diário virtual de Izzy Nobre, nerd blogueiro que mora no Canadá. Grande responsável pela minha “entrada” a um pouco do universo nerd. Izzy posta de maneira inteligente e engraçada desde dicas sobre games e gadgets, passando por acontecimentos do seu dia-a-dia (vide o post épico "O dia em que eu fui parar no hospital por arrumar minha cama") e até mesmo comentários sobre o que não concordar dentro do universo blogueiro. Além de posts escritos, o HBDia também tem o vlog HBDTV.

No Twitter: @izzynobre

 

ROMANCE EM APUROS

lucas

Blog do músico, vocalista da banda Fresno (não feche essa janela antes de terminar de ler, pô), Lucas Silveira. Para quem já conhece o seu trabalho, o blog fica como sendo algo a mais para se apaixonar. Para quem não conhece ou não gosta da música, seus textos são, no mínimo, “surpreendentes”. Bem articulados, com um vocabulário invejável e conteúdo absolutamente vívido e sincero. Enquanto no Twitter Lucas demonstra um lado absolutamente descontraído e hilário, no blog demonstra o lado romântico, humano, já muito visível em sua música.

No Twitter: @lucasfresno

 

FORA DA MINHA TV

tata

Poesia, pequenos roteiros, pouca explicação e muita genialidade. Esse é o blog do Rodrigo Tavares, o baixista da mesma banda mencionada acima (você já leu até aqui, posso acreditar que clicou no blog do Lucas para olhar depois, então faça o favor de continuar lendo esse post, porque o blog do Tavares vale tanto a pena quanto. Sem cara feia. Obrigada :D). Menos texto, mais ideias jogadas, sentimentos soltos e fortes. Preciso agora indicar o meu post favorito de todos os tempos, o que eu mais me identifiquei até hoje e o que parece falar sobre mim mais do que qualquer texto meu: I don't called to say I love you (é em português, fica tranquilo).

No Twitter: @estebantavares

 

E por fim, os meus orgulhos do:

FILHOS DUMA PAUTA!

fdp

De uma ideia simples, para um singelo trabalho de faculdade, os meus colegas de sala Paula Rett, Giovanni Perlati e Karol França Pinto se tornaram um importante portal de notícias sobre a cidade e em breve se tornarão, vejam vocês, um site! O Filhos Duma Pauta, mais do que um portal de notícias, é um exemplo de que força de vontade e talento são uma mistura perfeita na receita para o sucesso. Três meros estudantes de Comunicação Social acreditaram em sua capacidade e cresceram rápida e merecidamente graças a esse blog.

No Twitter: @filhosdumapauta

E essa é a minha contribuição para o #blogday! Dicas absolutamente diferentes uma da outra mas que, de certa forma, têm muitas razões em comum para estarem juntas aqui. Me ocorrem mais pelo menos meia dúzia de nomes que mereciam estar aqui, mas vou respeitar as regras (pelo menos dessa vez) e esperar pelo Blog Day do ano que vem!

Espero que tenham gostado e que aproveitem as minhas dicas! E que estejam orgulhosos por eu estar postando com um pouquinho mais de frequencia, rs.

 

Aspirante Ouve: Sébastien Lefebvre, o EP “You Are Here (Vous êtes ici)”, cantado em inglês e francês. Incrivelmente delicioso de se ouvir.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Verborragia Exagerada

Hoje eu venho com um assunto que há muito penso, mas nunca realmente considerei como um bom tema para escrever. Contraditório, de fato, afinal o tema aborda justamente o ato de escrever.

Vocês que visitam o Ainda Aspirante desde o início (e sendo, como eu comentei no post anterior, leitores muito inteligentes) provavelmente já repararam que a frequência de postagens nesse blog não é exatamente das mais favoráveis. Posto irregularmente, algumas vezes dois textos por semana e, outras, no máximo um por mês.

Os que são visitantes mais recentes, como é o caso do “inspirador” desse post, podem confirmar isso observando o histórico que está aqui ao seu lado esquerdo.

Pois bem, sendo uma pessoa consideravelmente tímida, possuo maior facilidade para iniciar relacionamentos (humanos em geral, antes que você pense besteira) online. E essa última semana foi realmente bastante produtiva nesse sentido.

Conheci um blogueiro que se interessou pelo conteúdo do Ainda Aspirante e ele, como acontece com a maioria dos frequentadores desse diário virtual, me questionou sobre a tal falta de postagens mais recorrentes. Parei e pensei um pouco para responder, ainda que a resposta já estivesse na ponta da língua. Digitei “Preguiça. E, ok, medo de banalizar o conteúdo do blog” e cliquei em enviar, torcendo para ser interpretada corretamente. Alguns minutos depois, recebi a seguinte resposta: “Medo de que uma verborragia e a produção exagerada tirem o brilhantismo da coisa!”. Poucas vezes eu concordei tanto com alguém.

Quantas vezes, por assistir ao mesmo programa de televisão toda semana, vocês não se cansaram e acabaram enjoando desse programa? Não sei se para vocês isso soa como desculpa de preguiçoso mas, pelo menos comigo, se enjoar de algo que se tem direto é algo bastante comum. É realmente, como disse o meu amigo blogueiro, gigante a chance de o “brilhantismo” da coisa se perder meio a uma frequência maior. Talvez a graça do Ainda Aspirante seja realmente essa. Talvez o meu intuito seja realmente esse. Demorar, mas sempre que vier aqui, trazer algo que justifique a espera, ainda que isso me pareça cada vez mais difícil.

É, pra variar eu falei demais (vocês devem se cansar de ler essa frase em quase todos os posts, não é? Desculpem?).

De qualquer modo, eu espero que a justificativa esteja clara e não tenha soado como a tal desculpa de preguiçoso ainda que, confesso, seja um pouco disso também. E, só para deixar claro: Não, eu não acho que os meus textos sejam “brilhantes” e é exatamente por isso que eu usei as aspas para citar a palavra. Mas isso vocês já devem mesmo saber, é.

Então, para finalizar, eu deixo aqui o link para o texto que me inspirou a escrever esse. Esse sim, um texto brilhante! Enjoy.

Capturar

http://tinyurl.com/Verborragia


Aspirante Ouve: Linkin Park, The Catalyst. A que tem me feito arrepiar ultimamente.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Dividindo um pensamento – Ganhar e Perder

 

Alguma vez na vida, vocês já pararam pra pensar como sempre que perdemos algo (seja um bem material, um evento, um relacionamento ou o que for), o mundo dá um jeito de compensar isso de alguma maneira?

Ok, isso não deve ter feito muito sentido. Vou tentar ser mais clara, utilizando exemplos.

Em 2004, a minha banda favorita veio ao Brasil e eu não pude ir ao show. Estava entristecida (pra não dizer que estava querendo explodir o mundo), até que meu pai veio até mim com um pacote brilhante e disse “Eu sei que não é a mesma coisa, mas é o que eu consegui pensar para te compensar”. Abri o pacote e dentro havia uma camiseta lindíssima da banda, a qual guardo até hoje com muito carinho.

Agora um exemplo um pouco mais genérico. Um dia de chuva que te impede de sair de casa para um compromisso que você esperava havia dias. Você está irritado, “p” da vida. Até o momento que você descobre algo INCRIVELMENTE divertido e interessante para fazer dentro da sua casa.

Não sei ainda se fui clara o suficiente, mas vocês são leitores muito inteligentes e já devem ter entendido o que eu quis dizer. Aposto, inclusive, que todos já se lembraram de situações como essa que aconteceram em suas próprias vidas (sintam-se convidados a compartilhar nos comentários).

De qualquer maneira, sempre fui muito atenta a esse tipo de coisa. Especialmente esse ano, onde decidi extrair o máximo de bons resultados de todas as situações que acontecem no meu dia-a-dia.

Ontem, durante conversa com um amigo, ele me disse “Estou exercitando a minha capacidade humana de nunca estar satisfeito com a situação”. Após rir por alguns momentos, parei para pensar sobre isso. Realmente, nós nunca estamos completamente satisfeitos, não é? Mesmo que esteja dando tudo certo, sempre encontramos algo que está errado e nos focamos apenas nisso.

Mais uma outra coisa que me incentivou a pensar sobre isso aconteceu semana passada. Enquanto assistia a um filme, um dos meninos do filme perguntou para a mãe “Se a senhora está dizendo que nós sempre podemos escolher entre ser feliz e não ser, por que então nós simplesmente não escolhemos ser felizes sempre?”. E É EXATAMENTE ISSO!

Pra variar, meu post já está gigante e pra variar eu estou escrevendo-o antes de ir pra faculdade, ou seja: Estou quase atrasada novamente. Apesar do imenso anseio de discorrer sobre isso por horas, devo concluir.

O fato, queridos, é que nós realmente temos a opção de escolher o lado bom. Pode estar tudo aparentemente errado e horrível e tudo o mais. Mas, se nos permitirmos analisar um pouco melhor, vamos perceber que há sim algo bom a se apegar. E aí, utilizando linguagem um pouco infantil, como num passe de mágica, as coisas nem parecem mais tão erradas e horríveis assim.

Sensibilidade é importante. Vontade, mais ainda. Perdi, mas ganhei. Sei que dói, machuca, sufoca. Mas já que muitas vezes as coisas estão fora do nosso controle, devemos abrir os olhos para o que está acontecendo de melhor. Sempre vai haver algo.

Por exemplo agora, eu estou perdendo o horário. E ganhando a satisfação de escrever meia dúzia de linhas desconexas nesse diário que tanto gosto. E vocês? Bem, vocês também estão perdendo tempo lendo esse texto. E ganhando o que? Bem… Isso fica por conta do que vocês quiserem.

domingo, 25 de julho de 2010

Duas Semanas

“Passadas duas das melhores semanas de seu ano, percebera quanto a Cidade Cinza realmente lhe fazia bem. Sabia. Tinha certeza que era ali que conseguiria pensar e balancear tudo o que precisava.

Decisões, tantas delas… E momentos bons, tão bons.

O conceito de amizade foi repensado e, inclusive, constatado. Perto de tantas pessoas só querendo o seu bem, percebeu quanta coisa estava errada em si mesma com relação aos outros (e vice-versa).

Em duas semanas, cresceu dez anos e sorriu vinte.

Embalada por uma excelente melodia e pelo aroma imaginário da cafeína, deu um passo importante para a principal decisão que precisava ser tomada. Se viu, ao contrário do que pensava antes, absolutamente capaz de arcar com as consequencias e com as responsabilidades de suas novas escolhas.

Agora, ali, naquele quarto escuro, de volta à realidade, colocara em ordem todos os acontecimentos recentes. Sorriu. Legal mesmo era brincar com os próprios pensamentos, até mesmo maximizando-os, abstrair-se de si própria e, no final, registrar tudo em terceira pessoa.”

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ramificações

“Era estranho se sentir daquele jeito. Ela não se sentia daquela maneira havia tanto tempo... Experimentar aquilo, por alguém que não fosse “aquele alguém” era interessante, diferente. Ainda que assustador, muito assustador.

Tudo estava muito confuso ainda, ela sabia. Isso, inclusive, a deixava mais intrigada e amedrontada. Se sentir confusa nunca foi algo precisamente simples para ela. Gostava das certezas, dos caminhos claros, coerentes, sem muita margem para surpresa.

A verdade era que, quanto mais parava para pensar sobre aquilo, mais percebia o quanto tudo não passava de uma enorme, complicada e, porque não, bela contradição. Se dividia entre linhas tão paradoxais que algumas vezes perdia até o seu próprio pensamento. As certezas a agradavam tanto quanto as surpresas. A confusão e a segurança riam da cara de interrogação da menina, quando era perguntada sobre qual dos dois preferia. Não sabia responder e não queria escolher.

Houve um tempo onde pensou que todas essas contradições eram um grande empecilho em sua eterna luta para se tornar alguém interessante. Pessoas interessantes não se contradizem, ralhava consigo mesma. Os anos passados e as experiências vividas mostraram-lhe exatamente o contrário. Pessoas interessantes não se preocupavam com limites, especialmente com os das contradições.

Suas características peculiares se revelavam uma a uma conforme os dias daquele inverno se passavam. Decidira não mais ficar correndo atrás do “ser interessante”. Apenas seria si mesma, agora.

Percebia como sentia aquilo que chamavam de “vergonha alheia” pelas pessoas da mesma idade dela que mostravam sentir certa necessidade de se mostrar, de se passar por, pessoas interessantes. Sempre que sentia algo assim, lembrava daquele famoso dito “muito fala quem pouco faz” e sorria instantaneamente. Não ia mais tentar falar. Ia fazer.

Provar a sua capacidade para si mesma se mostrava infinitamente mais convidativo do que provar a sua capacidade para aqueles que torciam pelo seu fracasso.

Vingança é para aqueles que têm tempo a perder, constatou. Procurar defeitos nos outros ao invés de em si mesma também. Mais ainda, diga-se de passagem.

Tinha objetivos grandes e exigentes demais para que se permitisse canalizar seus esforços em circunstâncias que em nada iriam acrescentar para sua jornada principal.

Decidiu enumerar: Parar de olhar para os outros e olhar para si; Se consertar ao invés de consertar os outros; Fazer ao invés de falar; Ser ao invés de querer; Tentar ao invés de desacreditar.

Decepções sempre haveriam, fracassos também. E desilusões e lágrimas derramadas desmerecidamente e ataques de fúria. Isso fazia parte de viver, afinal de contas, não é mesmo?

Porém, naquela hora, ainda que seus pensamentos tenham voado para tão longe, levando-a para toda aquela análise interior, só queria continuar experimentando o sentimento novo – ainda tímido – que estava crescendo não tão lentamente assim em seu peito.

A melodia que a atingia através dos fones de ouvido dizia nada além de tudo. A leveza da voz simbolizada tanto a calma quanto o encantamento, o violão ali retratava os batimentos cardíacos, o sussurro demonstrava a incerteza, o receio. O solo da guitarra era, sem dúvida alguma, a mistura entre a excitação pelo sentimento novo e a constante saudade nostálgica do responsável pelo sentimento antigo. E a letra? Bem, a letra traduzia em palavras simples o causador de todo o dilúvio imaginário.

“I fall for you, I fall for you tonight. And I hope you feel the same*”.

(Eu me apaixonei por você. Eu me apaixonei por você essa noite. E eu espero que você esteja sentindo o mesmo)

Sempre o pensamento que não seguia o curso natural do “Começo – meio – conclusão”. Sempre mais parecido com uma árvore – cheia de galhos e ramificações, uma puxada pela outra. Lhe agrava e lhe incomod--, oh, espere, vejam vocês... Mais uma para a lista das contradições.”

*Letra da música “I Fall For You”, de Sébastien Lefebvre.

I guess I’m back…

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Felicidade e Outros Tantos Descrevem

 

Dizer passo-a-passo como foi o meu 29 de maio de 2010 seria vago, até um pouco superficial… A maior parte do que eu senti, foram sentimentos que ainda não ganharam nome (e que eu espero que continuem assim, meio abstratos, pra continuar tendo graça de sentir).

3

"Alegria com data marcada" foi como uma das minhas companhias nomeou o dia, “Sonhos parecem verdade” foi o trecho escolhido para resumir o momento.

No mesmo dia, uma viagem entre amigas, a primeira visita a uma terra que há muito gostaria que conhecer, a quarta ida ao show de uma banda querida, a primeira ida a outro que há mais de década esperava, a surpresa em uma apresentação cheia de duplos sentidos e “sentidos diretos”, o reencontro com uma amiga querida e, pra fechar tudo isso, a vista da boca do palco do show da tal "Trupe de Osasco". Isso é demais para uma mera aspirante conseguir transcrever nessas linhas surpreendentemente azuis.

Entre conversas factuais e delírios emocionais dentre um solo e um refrão, eu ganhei mais do que bons momentos de rock’n’roll. Hoje, sou mais motivada do que era ontem e menos do que serei amanhã. Hoje sou mais madura, mais completa e um tantinho menos complicada. Afinal de contas, já disse Fernando Anitelli há menos de três ou quatro metros de mim: Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior.

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Felicidade descreve, inesquecível também. Se a segurança de um palco não permitiu que eu ficasse próxima às minhas amigas o tempo todo (absurdo, mas isso deixa pra ser falado depois), o segurança do outro esbanjou simpatia com a minha querida chorona ansiosa. Se companhia foi a baunilha do recheio, energia foi a cobertura de chocolate, o que tornou mais especial.

Aspirante Ouve: O Teatro Mágico, Pena. A que diz tudo, absolutamente tudo, em um único verso.

PS: Agradecimento à Paulinha Rett, à Débora Gallazzini e à Xuxu (porque eu nunca vou conseguir chamar ela pelo nome), por terem sido a melhor cobertura de chocolate de todo o mundo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Aspirante Em Novos Ares II

Pois é! Tive a honra de ser convidada a ingressar na nova fase do portal de um dos meus seriados favoritos!

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Portal Dawson's Creek Brasil

No Portal Dawson’s Creek Brasil, sou a responsável pela revisão de texto – minha grande paixão – e organização das postagens. Então para você que gosta da série, o Portal vem com o intuito de mostrar novos lados de Dawson’s Creek. E pra você que não conhece, fica a dica para um seriado incrível!

Aspirante Ouve: O amistoso da Inglaterra contra o México, rs.

PS: Não, não abandonei e não, não vou voltar a postar pouco, hehe. Desculpem, mesmo! É culpa da faculdade, especialmente de dois seminários gigantes… Assim que isso passar, eu volto!

domingo, 16 de maio de 2010

Um final de semana para o lado direito

Eu queria estar fazendo o meu primeiro exercício de Escrita Rápida fora do curso, agora, mas percebi que antes de começar a praticar essa técnica aqui, é melhor eu contar um pouco sobre de onde e como ela surgiu. Então vamos lá.

Essa sexta-feira e sábado foram dedicados ao meu último presente de aniversário de vinte anos: Um curso. Uma oficina, na verdade. O tema: Ora se não um dos que encabeçam a minha lista de favoritos – Escrita.

Oficina de Escrita Total, ministrado pelo inteligentíssimo professor (e jornalista e escritor e tudo o mais que vocês possam imaginar) Edvaldo Pereira Lima, oferecido pela Casa Midiática, de Bauru.

casa

http://www.casamidiatica.com.br/ – Mais do que recomendo. Os cursos são incríveis e a organização é excelente.

Meu segundo curso-extra-faculdade, por assim dizer. E, devo confessar: Não poderia ter sido melhor.

Sabe quando alguma coisa acontece exatamente na hora certa? Pois é. Em um momento que eu já estava empenhada a escrever mais, só não sabendo o que fazer para conseguir me motivar mais, surgiram esses dois últimos dias… Dois dias que eu dificilmente vou esquecer algum dia.

É bom ser surpreendido. É bom passar por algo que vai muito além das suas expectativas.

Recuperei o prazer e o sentido de escrever à mão, aprendi que separar criação de edição é fundamental, recebi técnicas, dicas, para produzir mais, melhor, diferente

Sobre a Escrita Rápida, que mencionei àcima: Consiste em escrever sem filtro, sem medo, se deixar levar. Estabelecer ligação direta do seu cérebro com a caneta. Acho que vocês vão ter de aguentar minhas incoerências com mais frequencia, a partir de agora…

De volta ao curso e à experiência, conheci pessoas muito legais, li, ouvi… Poucas vezes senti uma sintonia e uma energia tão fortes, tão grandes. Ambiente imerso em vontade de absorver, de entender. Mentes ansiando, querendo mais e mais...

O lado direito do cérebro (do meu, pelo menos) feliz, sorrindo por finalmente alguém ter dito pra “dona” dele o quão importante ele é…

Hoje sou mais criança e mais adulta. Mais completa e querendo mais evolução. Uma escritora mais aperfeiçoada e mais aprendiz.

Hoje ainda sou uma aspirante… E vou continuar sendo, cada vez mais, sempre mais.

Obrigada :)

Aspirante ouve: Copeland, o álbum You Are My Sunshine, de 2008. Agora eles devem aparecer bastante por aqui.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Para evitar a fadiga

Quem se lembra dessa frase clássica do Jaiminho, o carteiro do Chaves?

Jaiminho era o típico personagem marcante, mais um que provocava risos constantes, fazia rir só por aparecer. Confesso que por algumas vezes, ele me irritou. O bordão “É que eu quero evitar a fadiga” me intrigava, quando eu ainda não sabia o significado da palavra. Lembro de assistir ao seriado, quando menor e pensar “Mas o que é essa tal de fadiga que ele tanto quer evitar? Ele é bobo???”.

Muito bem, começando pela definição. Segundo o Dicionário Priberam Online:

fadiga - s. f. 1. Cansaço que resulta de um esforço qualquer; 2. Trabalho árduo.

Jaiminho deixava de fazer o seu trabalho para evitar a fadiga. Mas… Será que a fadiga deve ser evitada em cem por cento dos casos?

E a preguiça? Certeza que é tão ruim assim?

Vejam bem, antes que comecem com o discurso: Só faltava essa, a menina que acorda ao meio dia tinha mesmo que defender a preguiça. Acompanhem o meu raciocínio e percebam que não é bem isso que eu estou querendo dizer. 

Ter preguiça, evitar a fadiga, não são de todo ruins em alguns casos.

Não defendo em hipótese alguma, apesar de praticar muitas vezes, a preguiça no sentido de: Vou deixar isso pra depois, pois estou com preguiça agora. Mas defendo, sim, a preguiça no sentido de não se esforçar mais para algo que não vai levar a lugar nenhum.

Ter preguiça pode ser bom para evitar ouvir alguma coisa  ou não insistir mais em um determinado assunto que simplesmente não valham mais a pena.

Exemplos mais práticos? Tenho preguiça de ouvir pessoas que reclamam da política e não fazem absolutamente nada para tentar mudar. Tenho preguiça de insistir na resolução de problemas nas minhas relações (humanas em geral, não só amorosas, amigáveis ou familiares) quando eu percebo que a outra pessoa não está tão disposta a solucionar o problema quanto eu. 

Defendo a preguiça como agente de prevenção contra os murros em ponta de faca.

Vocês já perceberam como, muitas vezes, as soluções vêm justamente quando deixamos tudo para lá e paramos de nos preocupar? Então! Por que não se permitir um pouco de preguiça? Por que não tentar evitar um pouco da fadiga?

Sou defensora da preguiça também como agente preventor da teimosia.

Não precisamos insistir tanto, resistir tanto. Às vezes o ideal é mesmo deixar passar, não se desgastar com algo que invariavelmente o tempo vai resolver mais pra frente.

Sejamos um pouco preguiçosos, de vez em quando. Sejamos um pouco Jaiminho. Tudo se acerta, no fim das contas…

 

Aspirante ouve: Detonautas Roque Clube – Soldado de Chumbo (música maravilhosa, que descobri poucas horas atrás. Melodia, voz e sonoridade deliciosas).

 

Obs: Recebi alguns comentários sobre as palavras em negrito que apareceram no post passado. Há uma enquete sobre isso, logo ali, no canto esquerdo. Se vocês puderem não evitar a fadiga e respondê-la, a Aspirante agradece :)

domingo, 2 de maio de 2010

Sábado à noite

É muito bom sair de casa sem muitos planos e acabar tendo uma noite incrível, não é? Unir boas companhias com um ambiente agradável é sempre uma ótima pedida.

Nesse sábado, fui com mais dois amigos a um lugar que eu, especialmente, gosto bastante: o Woodstock Music Pub.

woodstock

Para um apaixonado por rock’n’roll, o ambiente perfeito. Discos de vinil pela parede, mesclados com pôsters e bandeiras das bandas mais clássicas do estilo. A programação da casa consiste basicamente em shows cover de grandes nomes  na história do rock. Atração de ontem: Legião Urbana.

O vocalista, com expressões corporais absolutamente fidedignas ao seu inspirador, trajando a clássica camisa branca (nos remetendo ao clipe de Perfeição), conquistou o público – predominantemente acima dos 30 anos – logo de cara.

5

Carismático, comunicativo e com uma voz forte, ainda que não chegasse nem perto à do intérprete original. Só foi desagradável pelas inúmeras falas de “Eu não sou gay, tá gente?”, o que nos fazia pensar “Qual é o seu problema? Você está cantando as músicas e interpretando um gay! Para com isso!”.

Quanto ao repertório, bastante diversificado, entretanto deixou um pouco a desejar. Alguns dos maiores clássicos da Legião Urbana não foram nem mencionados. Mas, de uma forma geral, foi uma apresentação satisfatória, que nos mostrou que até mesmo um intérprete de Renato Russo tem dificuldades com a letra de Faroeste Caboclo.

No fim, apesar dos problemas para enxergar a apresentação (o local não possui uma estrutura exatamente adequada para um show. Muitos pontos sem visibilidade alguma do palco) e dos pontos mencionados acima, saímos satisfeitos. O atendimento da casa é muito bem configurado, sem funcionários em cima dos clientes o tempo todo, mas que também não demoram horas para chegar à mesa quando são chamados.

Lógico que a música e o ambiente não foram os únicos responsáveis pelo meu incrível sábado à noite. Contei com a companhia de duas pessoas que, apesar de extremamente chatas (risos), fizeram minha noite absolutamente divertida.

4 Paula Rett (do blog Filhos Duma Pauta), Ieska (eu, rs) e Edvaldo Filho (um chato que a gente encontrou pelo caminho).

Para encerrar, eu digo duas coisas: Eu não sei escrever textos curtos e isso está me incomodando; Prometo melhorar. rs.

Aliás, vocês estão gostando desse estilo mais informal do blog? Ou preferem que eu volte a ser mais séria e tire esse ar “diário feminino” do Ainda Aspirante? Opinem, critiquem!

Agora para encerrar mesmo, eu agradeço pelas ótimas respostas que tenho recebido pelos meus posts mais frequentes. Isso está me incentivando a querer escrever cada vez mais!

Obrigada pela paciência com os textos enormes e até a próxima!

Em breve: A parte 2 do texto anterior e o relato das minhas duas primeiras entrevistas jornalísticas, ao lado de outros dois amigos queridos.

 

Aspirante Ouvindo: Mando Diao – Dance With Somebody (música muuuuito divertida).

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sobre narizes tortos e música sem pré-conceitos - parte 1

Afinal de contas, qual é o problema em gostar de algo que está no topo das paradas? E em gostar de um artista que tem dezesseis anos e que faz as meninas gritarem? Por que eu não posso gostar de uma banda que fala de amor e devo preferir a que fala de álcool e drogas?

As pessoas levantam tantas bandeiras contra o preconceito, cospem em “qualquer tipo de discriminação” e aí vão e, vejam vocês, fazem igual.

Alguns apóiam as cores do arco-íris e criticam as bandas com visual colorido. Outros, dizem que gostam de música mas se recusam a ouvir o artista do momento… Simplesmente por ele ser o artista do momento.

Não vou ser hipócrita e dizer que nunca fiz igual. Pelo contrário, já fiz. E muito, diga-se de passagem. Mas hoje em dia, a minha necessidade de música chegou em um nível que não me permite simplesmente virar a cara para alguma coisa sem, antes, dar pelo menos duas chances.

Eu estou escrevendo esse post enquanto ouço Justin Bieber (e é agora que boa parte das pessoas vai simplesmente rir de mim, fechar o blog e nunca mais entrar aqui para me ler, mas tudo bem), e foi exatamente ele que me “inspirou” a escrever aqui hoje. É um assunto que eu queria falar há realmente bastante tempo.

Tenho realmente muita vontade de entender: Qual é o problema com o menino? Quem critica já parou para escutar de verdade? Tudo bem, o som pode não fazer o seu gosto, pode não ser do seu agrado. Mas isso é completamente diferente de falar “Isso é uma porcaria, pelo amor de Deus”. Não gostar é diferente de não ter qualidade.  Se não tivesse qualidade, não chegaria onde chegou e não seria respeitado por quem é respeitado.

Nós não podemos classificar algo como porcaria pelo simples fato de não ser do nosso gosto. Não é justo.

Isso se aplica muito bem a uma quantidade infinita de outros assuntos, dos mais superficiais aos mais complexos. Mas existe uma frase que diz o seguinte: Seja a mudança que você quer ver no mundo. E é exatamente isso. Para uma mudança maior, devemos começar pelo menor.

Por isso decidi usar a música. Se aprendermos a parar com os pré-conceitos musicais, podemos muito bem evoluir  e parar com os maiores pré-conceitos.

E é isso. Eu poderia passar o resto do dia citando exemplos de coisas que eu gosto e sou criticada por gostar - imaginem a quantidade de gente que deve rir de mim quando eu falo que ouço Justin Bieber, Zé Ramalho, minha banda favorita é Linkin Park e que Pink Floyd é, na minha opinião, a maior banda de todos os tempos.  Mas acredito que vocês já entenderam o que eu quis dizer.

É importante respeitar, dar uma chance. De repente até podemos ser conquistados por algo que nunca imaginávamos que nos conquistaria…

Em breve, a parte 2 desse assunto. Outra vertente que tenho vontade de falar há muito tempo. E aí então eu prometo me controlar e escrever sobre algo fora de música, rs.

Até breve, queridos leitores.

 

Aspirante Ouvindo: Justin Bieber - “Love Me” (essa música usa o refrão da música “Lovefool”, da banda The Cardigans. Simplesmente maravilhoso).

sábado, 24 de abril de 2010

Aspirante em Outros Ares

Eu deveria ter feito esse post ontem, mas foi realmente inviável. Que dia corrido! Momentos muito bons misturados com uma grande decepção comigo mesma.

Mas não é sobre isso que eu vim falar.

Hoje eu estou aqui para contar que ontem tive um texto meu postado em dois blogs!

A convite de uma ex professora minha, de um curso que fiz ano passado, escrevi sobre uma banda que gosto muito e que faço questão de divulgar: A Replace.

Como um dos blogs é sobre moda e a coluna para qual escrevi chama-se Moda&Música, falei um pouco sobre o visual colorido, essa nova tendência que tem aparecido no mundo do rock’n’roll.

No blog Busto de Costura você pode encontrar um pedaço do meu texto, misturado com o post da querida Marjorie e mais uma playlist muito bacana!

Busto

http://bustodecostura.blogspot.com/

No Mais Que O Acaso, blog pessoal da Marjô, encontra-se o meu texto na íntegra. E, além disso, em breve terei minha própria coluna semanal por lá! Mantenho-os informados.

Mais Que O Acaso  http://maisqueoacaso.blogspot.com/

Para encerrar, agradeço à Marjô e à Paula Chiodo (dona do Busto) pelo espaço e pela confiança e a vocês, leitores do Ainda Aspirante, pelo feedback incrível que recebi pelo último post!

Até a próxima, que eu prometo não demorar muito.

 

Aspirante Ouvindo: Emmerson Nogueira – Wild World (cover)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Um pouco de coerência nenhuma

Como se eu, algum dia, tivesse escrito algo coerente…

Não sei, só sei (?) que a vontade de escrever tá pulsando tão forte dentro de mim (isso aliado à imensa pressão psicológica que uma certa amiga tem me submetido com os incontáveis “Você tem que escrever mais, você tem que escrever mais!”) que eu decidi vir aqui liberar algumas ideias desconexas e intangíveis…

Vocês já repararam como as palavras tem força? E as ações? Será que elas têm mesmo mais peso que as palavras? Já repararam como, invariavelmente, somos todos absolutamente hedonistas e, no fim, acabamos quase sempre optando pelo que é a nossa vontade? Ainda que nós pensemos “Não vou fazer isso, pra não machucar o outro”…

O pensamento por si só já não é a arma na mão, brilhante, convidativa, pronta pra atirar? E a ideia? Ela não é a bala? E o impulso? Ele deve ser o prazer de fechar os olhos e ouvir o som do gatilho. A ação é o tiro ou o choque da bala no corpo? A consequência é o dano, a sequela ou a consciência do tiro?

Isso está fazendo algum sentido? Espera… Isso está sendo a intenção de atirar, o fechar de olhos, o tiro, o encontro da bala ou a consequencia?

Você tentando fazer metáforas, Ieska? Você nunca foi boa de metáforas… Você nunca conseguiu encaixar metáforas nos seus textos e isso uma das coisas que mais te incomodam na hora de escrev— Ops, você falou… Você contou pra todo mundo… E agora? Você vai continuar sendo vista como a mimada manipuladora que se acha melhor que todo mundo?

Espera de novo. Calma. Se você é mesmo todos esses adoráveis adjetivos, por que é que tem cada dia mais gente perto de você? Por que é que você está cada vez mais cercada de gente? Por que é que você vê tão poucos rindo como você e os que estão perto de você?

Ah os pré-julgamentos… Ah o ser humano aderindo demais ao: Faça o que eu digo, não o que eu faço. Que frazesinha mais furada, né?! É muito um: “Estou lavando as minhas mãos se você fizer algo errado, ainda que eu também já tenha cometido o mesmo erro, eu te avisei que não era pra fazer”.

Deixa eu contar uma coisa… Pense comigo… “Faça o que eu digo, não o que eu faço”. Dizer é uma ação… Dizer é fazer… Ao dizer, você está cometendo uma ação… Não isente sua palavra de ação, não isente sua cosciência de responsabilidade… Não se isente de si mesmo…

Faça um pouco mais sentido que esse post…

Ou melhor, faça esse post ter sentido pra você. Sem essa de: Não entendi o que você quis dizer, não sei o que tá acontecendo na sua vida. Aplique isso a você, à sua vida. Seja uma única frase ou um parágrafo inteiro. Permita-se pensar e considerar incoerências, subjetividades, relatividades…

Feche os olhos, sinta o som, atire… E não lave as suas mãos para as consequencias.

A graça de tudo é nunca estar preparado, mesmo…

A graça é aprender na hora, se surpreender consigo mesmo e escrever meia dúzia de ideias sem sentido nenhum.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Aniversariando – parte final

Bolo e vela e jogo de chá… Tudo isso já estava sendo o suficiente para me fazer chorar. Até que a dona mamãe vira e fala: É o seu chá inglês. Inglês. Inglês. Inglês… Meu chá das cinco. Meu chá da Inglaterra. Inglaterra… Minutos e mais minutos de choro consecutivo, ininterrupto e intenso. Meu Deus! PREPARARAM UM CHÁ DAS CINCO PRA MIM! Pro meu aniversário! Que… Que surpresa linda! Perguntei se ano que vem o chá pode ser na própria Inglaterra e não obtive resposta satisfatória… Ok, eu tentei… hahaha.

Logo depois, Tata se foi… Deixando uma Ieska absolutamente feliz e ansiosa pra ir logo pra faculdade.

MUITO BOM chegar e já receber abraços… Entrar na sala, ganhar beijos e ouvir coisas lindas dos dois que sempre estão lá me esperando quando eu chego. Um deles, aliás, é a mesma criaturinha que eu disse lá em cima… A que entrou de vez na minha vida exatamente no meu aniversário do ano passado. 

Pois é… Essa criatura conseguiu me deixar sem palavras, sem ação. A ideia mais linda do mundo… Um cordão e uma pulseira. O cordão pra ele, a pulseira pra mim… Nena y Nene… Algo como um: Se eu entrei na sua vida no aniversário do ano passado, esse ano eu decidi me tornar ainda mais inesquecível pra você. Pois é… Você conseguiu.

E então, com as mãos dadas, as risadas e os comentários de sempre, assistimos à aula de Introdução à Comunicação. Que terminou com um parabéns em coro da sala inteira e uma Ieska mais do que roxa e mais do que muito muito feliz.

Veio o intervalo e logo chegou a hora da prova. Pois é, aniversário no começo de abril é CONVITE para provas de presente. Essa foi ótima, fiz direitinho e logo estávamos eu, a criaturinha ali de cima, a menina que consegue ser totalmente igual e totalmente diferente de mim, e as duas que se tornaram MAIS do que especiais em menos de um mês.

Mc Donalds, como não poderia deixar de ser. Lanche Feliz, para mostrar que todo mundo pode se permitir ser criança, em certos momentos.

Bagunça dentro do carro, risadas, frases soltas chocantes, mais risadas, fotos, mais bagunça e mais risadas.

Me peguei pensando: Quando cheguei aqui, pensei que não faria amigo algum e ninguém ia gostar de mim… Agora estou voltando pra casa com quatro pessoas que conheço há tão pouco tempo e que já se fizeram inesquecíveis, mais do que especiais. Quão sortuda eu sou…

O dia foi selado pelo telefonema de outra das melhores amigas. Em seguida, olhar mais homenagens, relembrar o dia inteiro… Ficar mais feliz ainda…

Peço desculpas pelo excesso de detalhes, mas eu não poderia deixar nada disso de fora.

Agora, para finalizar, eu agradeço a todos que participaram desse dia maravilhoso. Tenha sido por um abraço, um telefonema, uma sms, um depoimento (meu DEUS, cada depoimento LINDO!), um scrap ou o que for. Obrigada. Cada um de vocês contribui na construção de um dia perfeito para essa Aspirante.

É como dizem: Os presentes diminuem conforme os anos. Mas como se importar com objetos se, a cada ano, eu me sinto mais querida, mais lembrada?! Como dar mais valor a um embrulho reluzente do que a um abraço apertado?

Eu realmente não tenho palavra melhor para descrever o meu dia do que a palavra: Perfeito.

Parabéns pra mim. E pra vocês, por terem aguentado ler até aqui, hahaha!

Um brinde a todos nós ;)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Aniversariando – parte 2

Para quebrar o protocolo e já deixar claro que o dia ia ser diferente, fui acordada às 9:30 da manhã, por duas mulheres malucas cantando o parabéns mais lindo e mais desafinado do mundo e me agarrando e jogando almofadas e e tudo isso. Meu padrasto me deu um mouse sem fio! Meu Deus, a vida sem um mouse é muito difícil, hahaha. Eu sou a pessoa mais azarada do mundo no quesito fios-de-mouse-partidos. Um mouse sem fio foi a solução perfeita, hahaha!

Rapidamente conectei-me novamente à rede e mais e mais homenagens lindas vieram.

Ao meio dia, eu já estava devidamente vestida de vermelho, com o meu All Star dos dias felizes, como não poderia deixar de ser, pronta para o primeiro evento do dia: Almoço com o papai. Eu e minha irmã fomos até o meu restaurante favorito aqui de Jaú e lá estava o senhor Marco Labão. Ai como é bom estar com eles…

Ganhei um livro de Comunicação! Espera, eu me lembro de ganhar brinquedos… Oh meu Deus de novo… Um livro. Um livro sobre a minha futura profissão. Oh meu Deus. Que coisa mais linda.

Tudo conseguiu ficar ainda mais lindo quando eu senti meu celular vibrar em cima da mesa do restaurante, olhei a bina e vi um nome absolutamente inusitado no identificador. Ai que surpresa boa. Ai como eu sinto saudade…

E então nós demos mais uma volta e papai nos deixou em casa de volta.

O combinado era chegar em casa e deitar na cama com a mamãe e com a irmã para vermos um filme. Até que a mamãe disse que não ia ver o filme e eu fiquei realmente chateada e brava e fiz birra. Tudo bem, eu e Tata assistimos ao filme June & Julia. Aspirante mais do que recomenda. Que história linda. Que incentivo para que eu pare de comodismo e corra mais atrás dos meus objetivos.

O filme acabou e eu prossegui brigando com a mamãe por ela não ter cumprido com o que havia prometido e bla-bla-bla. Até que, de repente, vem a dona Tata e decide me arrancar da cama! Tirar a Ieska da cama sem que ela tenha pedido = Ieska absolutamente irritada. Comecei a espernear e dizer que era meu aniversário e que eu fazia o que quisesse e mais bla-bla-bla. Fui absolutamente ignorada e não parei de falar até chegar na sala e deparar com a mesa de chá mais linda desse mundo.


Continua...