segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Dividindo um pensamento – Ganhar e Perder

 

Alguma vez na vida, vocês já pararam pra pensar como sempre que perdemos algo (seja um bem material, um evento, um relacionamento ou o que for), o mundo dá um jeito de compensar isso de alguma maneira?

Ok, isso não deve ter feito muito sentido. Vou tentar ser mais clara, utilizando exemplos.

Em 2004, a minha banda favorita veio ao Brasil e eu não pude ir ao show. Estava entristecida (pra não dizer que estava querendo explodir o mundo), até que meu pai veio até mim com um pacote brilhante e disse “Eu sei que não é a mesma coisa, mas é o que eu consegui pensar para te compensar”. Abri o pacote e dentro havia uma camiseta lindíssima da banda, a qual guardo até hoje com muito carinho.

Agora um exemplo um pouco mais genérico. Um dia de chuva que te impede de sair de casa para um compromisso que você esperava havia dias. Você está irritado, “p” da vida. Até o momento que você descobre algo INCRIVELMENTE divertido e interessante para fazer dentro da sua casa.

Não sei ainda se fui clara o suficiente, mas vocês são leitores muito inteligentes e já devem ter entendido o que eu quis dizer. Aposto, inclusive, que todos já se lembraram de situações como essa que aconteceram em suas próprias vidas (sintam-se convidados a compartilhar nos comentários).

De qualquer maneira, sempre fui muito atenta a esse tipo de coisa. Especialmente esse ano, onde decidi extrair o máximo de bons resultados de todas as situações que acontecem no meu dia-a-dia.

Ontem, durante conversa com um amigo, ele me disse “Estou exercitando a minha capacidade humana de nunca estar satisfeito com a situação”. Após rir por alguns momentos, parei para pensar sobre isso. Realmente, nós nunca estamos completamente satisfeitos, não é? Mesmo que esteja dando tudo certo, sempre encontramos algo que está errado e nos focamos apenas nisso.

Mais uma outra coisa que me incentivou a pensar sobre isso aconteceu semana passada. Enquanto assistia a um filme, um dos meninos do filme perguntou para a mãe “Se a senhora está dizendo que nós sempre podemos escolher entre ser feliz e não ser, por que então nós simplesmente não escolhemos ser felizes sempre?”. E É EXATAMENTE ISSO!

Pra variar, meu post já está gigante e pra variar eu estou escrevendo-o antes de ir pra faculdade, ou seja: Estou quase atrasada novamente. Apesar do imenso anseio de discorrer sobre isso por horas, devo concluir.

O fato, queridos, é que nós realmente temos a opção de escolher o lado bom. Pode estar tudo aparentemente errado e horrível e tudo o mais. Mas, se nos permitirmos analisar um pouco melhor, vamos perceber que há sim algo bom a se apegar. E aí, utilizando linguagem um pouco infantil, como num passe de mágica, as coisas nem parecem mais tão erradas e horríveis assim.

Sensibilidade é importante. Vontade, mais ainda. Perdi, mas ganhei. Sei que dói, machuca, sufoca. Mas já que muitas vezes as coisas estão fora do nosso controle, devemos abrir os olhos para o que está acontecendo de melhor. Sempre vai haver algo.

Por exemplo agora, eu estou perdendo o horário. E ganhando a satisfação de escrever meia dúzia de linhas desconexas nesse diário que tanto gosto. E vocês? Bem, vocês também estão perdendo tempo lendo esse texto. E ganhando o que? Bem… Isso fica por conta do que vocês quiserem.

Um comentário:

  1. Óh, que garota mais sábia esta minha prima! E que facilidade em tecer com as palavras.
    Obrigada por ter deixado meu dia muito melhor.

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