quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

This one dream

 

- Essa noite eu sonhei que havia quebrado uma bomboniere de cristal.

- Credo.

- E você brigava tanto, tanto comigo.

- Você é que costuma brigar comigo, não o contrário.

- Mentira. A gente… Troca.

- É…

- Você brigava comigo e me expulsava de casa. Também me dizia que eu não era mais sua filha.

- Que horror. Por causa de uma bomboniere?

- Pra você ver como algumas coisas têm valores diferentes entre as pessoas. O que vale muito pra você, pode valer pouco pra mim. E vice-versa.

- Eu não faria isso.

- Não? Mesmo?

- Mesmo.

- Que bom. …Tem certeza? Era uma bombonierre cara.

- Tenho. Por que você está perguntando isso?

- Porque a parte de quebrar não foi só um sonho.

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A Ouvir** “The Youth”, MGMT.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Insônia

 

Eu tenho meia hora de bateria, então eu tenho que fazer isso rápido. Na verdade, é só pra constar o quanto eu detesto ter insônia.

Meu pai critica meus hábitos de dormir tarde e acordar mais tarde ainda. Também acha que eu deveria tomar mais sol e acordar de manhã, pra ter uma vida de “gente normal”. Ele acha que eu deveria tomar café da manhã, algo além do meu usual leite com achocolatado. E quando eu digo que minha vida está muito bem dessa maneira, ele só argumenta com o simples “Aham. Tão bem que você tem insônia”.

Eu calaria a minha boca e abaixaria a cabeça. Se eu não tivesse insônia desde a época que eu acordava às sete e meia no domingo, por conta própria, pra assistir Pesca & Cia. Admita, você sabe de que programa eu estou falando.

Mas, é, eu tenho insônia desde muito antes de saber que a gente não vira abóbora se ficar acordada até meia noite. Inclusive lembro de ser criança e perguntar pra minha mãe o que eu deveria fazer quando não sentia sono na hora de dormir. Ela disse que eu deveria contar carneirinhos, que sempre funcionava. Nunca funcionou. Depois ela disse que eu deveria perguntar à minha avó paterna, porque ela também sofria de insônia. Perguntei, e ela disse que eu deveria fazer contagem regressiva de carneirinhos. Também não funcionou.

Aliás, nenhuma técnica de relaxamento nunca funcionou comigo. Eu fico tão obcecada em cumprir a técnica com precisão, que acabo me sentindo ainda mais ansiosa. Estranho, eu sei. E bastante inoportuno, diga-se de passagem.

Contar carneirinhos, por exemplo: Ou eu ficava irritada por contar tanto, ou eu ficava irritada por os carneirinhos não aparecerem pulando na minha frente, como a minha mãe dizia que eles iriam aparecer (ela sempre foi tão mais imaginativa do que eu…). Eu também ficava irritada porque a técnica funcionava com o Nino do Castelo Ra-Tim-Bum e não funcionava comigo.

Ah, quanta besteira… A real é que eu vim aqui pra ver se conseguia relaxar um pouco, pra conseguir desligar o computador e dormir, mas eu estou digitando tão rápido e achando tão divertido fazer um post inútil, que fiquei ainda mais acordada. Com o acréscimo de meus braços estarem pedindo descanso. Acho que tenho desenhado demais. Mas isso é assunto pra outro post, talvez.

É, enfim… Eu vou ligar a tv e assistir ao jogo de tênis que está passando. Tênis era uma das únicas coisas que me davam sono imediato, antigamente. Mas agora eu cresci e, guess what, adoro assistir tênis. Fuck.

Boa noite.

A Ouvir: Esse barulho infernal de ventilador. Não entendo gente que consegue dormir perfeitamente bem com o ventilador ligado. Aliás, não entendo e invejo profundamente. Tchau.

PS: Quase 100 visitas pro post passado *-* Aspirante feliz, feliz, feliz, feliz! Esses Sabonetes são uns lindos mesmo, viu.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ah, lembrei qual seria o primeiro post do ano! Sabonetes.

 

Não, isso não virou um blog sobre dicas femininas e não, eu não comecei a fazer sabonetes artesanais nessas férias. E na real essa piadinha de confundir a banda com o produto de higiene (?) está tão batida que eu nem sei porque fiz uso dela. Enfim.

A verdade é que, de fato, não havia assunto melhor – nem mais adequado - para começar esse ano.

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Eu conheci Sabonetes no final do ano passado (vocês também acham esquisito falar “ano passado” quando ainda é janeiro? Sei lá, parece recente demais pra ser ano passado. Enfim.), através de um amigo querido e a partir daí eles  entraram assustadoramente rápido na lista dos mais executados no meu lastfm.

Fazia bastante tempo que eu não me encantava tanto por uma banda nacional. Aliás, pra falar a verdade, eu não andava com vontade nem das que eu já amo.

Mas com esses aí foi amor à primeira ouvida vista. Sabe aquela banda que aparece com letras e melodias que dizem exatamente o que você está sentindo naquele exato momento? Foi o que aconteceu. Eles… Encaixaram. E a partir daí eu só tenho mais e mais vontade de apresentá-los pra todo mundo.

É um som simples, uma voz encantadora e letras que fogem do que mais tem me incomodado na música nacional dos últimos tempos: Rimas fáceis. São bem trabalhadas, têm poesia…

E eu nunca sei o que escrever quando gosto MUITO de uma coisa. Então eu acho melhor encurtar e partir pro que interessa.

Pra quem não sabe, eu tenho o problema de sempre às vezes gostar de uma música e, quando coloco pra tocar, não consigo evitar e deixo-a no modo repetir por normalmente mais de uma hora, e isso se estende até o dia que eu encontro outra música pra fazer o mesmo.

Com Sabonetes isso aconteceu com, basicamente, metade das músicas do álbum. Então foi muito difícil escolher apenas UMA música pra apresentar aqui.

Optei por “Hotel”, que é o single atual, tem um clipe lindo e faz parte da minha tríade-das-favoritas-entre-as-favoritas, junto com “Boleros” e “Marcapagina” (ouçam também “Mais Uma Vez”, “Onde Vai Parar” e “Hora de Partir. E ouçam as outras também, heh :D).

Espero que gostem. Mesmo.

 

Acho que um “A ouvir” nem se faz necessário dessa vez, não é mesmo?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pontapé Inicial

 

Porque quando você não tem ideia de como começar, só dê o pontapé inicial. O resto se constrói sozinho.