terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Sobre o tempo, as circunstâncias, o morar e o visitar

Depois de um belo final de semana em Bauru, tive a prova definitiva sobre algo que eu andava matutando desde que me mudei para Jaú: As impressões de um morador de uma cidade são completamente diferentes das de um visitante, principalmente quando este visitante já foi morador de longa data desta mesma cidade.

Quando eu morava na terra do sanduíche, como é conhecida a não-mais-tão-pacata Bauru, tudo, eu disse absolutamente tudo, nela me incomodava. As ruas esburacadas fazendo com que eu me sentisse uma mistura de leite com sorvete e castanhas num liquidificador, sendo batidos para virar milk shake me irritava e causava constantes dores na coluna (além das habituais), o fato de não ser possível andar dois quarteirões sem ver pelo menos um rosto conhecido me dava a sensação de estar sendo vigiada a todo instante, a falta de opções de entretenimento me fazia detestar meus pais pela “ideia de girico” de terem se mudado para o interior, anos atrás... É. Tudo em Bauru me irritava.

E então eu me mudei para Jaú. O asfalto é liso, eu não conheço ninguém além dos meus colegas de faculdade eeee... É uma cidade onde com menos opções de entretenimento do que Bauru, o que, para uma nerd (pois é, em Jaú me acham nerd... Em Bauru as pessoas mal acreditam que isso pode ter acontecido), tudo bem – eu tenho um computador só pra mim, entretenimento garantido e ilimitado.

Foi então que, logo na minha primeira visita à Bauru, eu comecei a perceber que praticamente TODOS os meus pensamentos ruins sobre Bauru se tornaram... Bons pensamentos sobre Bauru. As ruas esburacadas, agora, me trazem a sensação de estar em casa, assim como as pessoas conhecidas em cada esquina e, bem, Bauru parece Vegas se comparada a Jaú.

O que eu quero dizer é que, de fato, existe uma diferença muitíssimo grande entre morar e visitar. É muito aquela parada de só dar valor a algo quando perdemos misturada com a de não valorizar aquilo que temos à mão toda hora.

E o que eu quis dizer com tudo isso é que as circunstâncias e, principalmente, o tempo são capazes de mudar nossas percepções, nossas opiniões, nossos gostos, enfim. Hoje eu sou absolutamente apaixonada por algo que eu odiei por anos na minha vida e isso é... Absolutamente maravilhoso.

Agradeço ao tempo por isso :)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Os Seis Pés da Consciência

E aqui estou eu de novo. É realmente melhor produzir menos, mas produzir um bom conteúdo, do que produzir muito da mesma coisa. Pelo menos enquanto eu ainda não consigo produzir um bom conteúdo com muita frequencia. Mas hoje eu realmente não quero enrolar, então vamos direto ao ponto.

Abri a página deste blog para começar a postagem e deparei com algo no mínimo engraçado: O assunto da postagem anterior. Ah, a moral... E não é que vamos falar dela de novo?! Eu juro, mesmo mesmo, que foi sem querer. Só acontece que eu andava pensando muito em algo que me motivasse a vir aqui escrever. Muitas ideias apareceram, mas nenhuma pareceu me forçar a vir aqui como esse fato que aconteceu hoje.

Minha professora de Língua e Comunicação decidiu nos passar um filme hoje. Um filme que não tem nada e, ao mesmo tempo, tem tudo a ver com a matéria. O filme se chama "Medidas Extremas" (Extreme Measures é o título original), foi rodado em 1996. Eu não vou me apegar muito às partes técnicas desse longa (diretor, atores, distribuidora e afins), o meu foco aqui e agora não é esse. Não vou fazer uma resenha sobre o filme, vou fazer um resumo das minhas ideias. Mas recomendo que vocês busquem as informações e assistam ao filme.

Pois bem, resumidamente, "Medidas Extremas" fala de ética. Ética e moral. É sobre um médico que se vê tendo de escolher entre operar um policial (que está em um estado não tão grave) ou o bandido que atirou nesse mesmo polical e foi baleado de volta (e, principalmente, se encontra em estado mais grave que o do policial). Essa é só a cena inicial do filme, mas por ela já é possível ver a que a história se propõe. A trama principal começa quando esse mesmo médico (ele se chama Guy, interpretado pelo Hugh Grant) recebe um paciente que apresenta sintomas que ele nunca viu antes. O mesmo paciente acaba por falecer, e a coisa toda começa a ficar mais estranha ainda quando a causa da morte que consta no atestado de óbito não faz o menor sentido, considerando os sintomas que o homem apresentava. Guy decide investigar o caso e descobre que o paciente fazia parte de um experimento que usava cobaias humanas.

O experimento consistia basicamente em capturar moradores de rua que parecessem saudáveis e implantar em suas medulas substâncias que produzissem novos nervos. A intenção final era construir nervos como os dos humanos saudáveis, para que estes fossem implantados nas medulas de pessoas com paralisia e, assim, essas pessoas voltariam a andar e exercer suas atividades "normais" (e é aqui que as pessoas que conviveram comigo essa noite começam a entender o por quê de eu ter ficado tão estranha depois de assistir o filme, né?).

Ok. Agora eu começo a despejar tudo o que ficou entalado na minha garganta. A título de explicação: Eu não acho que haja alguém que frequente esse blog e não saiba, mas não custa explicitar, né, vai saber... Bem, eu decidi escrever tudo isso que já escrevi (e o que eu ainda vou escrever) porque eu acho que vi esse filme com olhos um pouco diferentes dos olhos dos meus colegas de classe... Eu sou deficiente física. E não é bem um assunto que eu aprecie conversar sobre, porque eu acho que para alguém ser tratado como um igual ele deve agir como um igual. Não me é um tabú ou algo do tipo, eu só acho desnecessário conversar sobre isso toda hora. Sou o que sou, independente de duas duplas de rodas. Enfim.

O que eu vi nesse filme foi um monte de pessoas acomodadas com o título de inferior, de coitado, de incapaz. E eu vi muito, muito egoísmo também. Os parentes daqueles deficientes ajudavam nos experimentos - tanto capturando os moradores de rua, quanto submetendo-os aos testes com os nervos e ajudando a manter tudo em completo sigilo. Sabe, eu não sou absolutamente nada para julgar as atitudes de alguém. Eu só senti muita, muita repulsa pela ideia de haver pessoas que: a) Acham que seu "bem estar" é mais importante do que a vida de alguém; b) Acham que esse mesmo bem-estar está diretamente ligado a sua condição física e c) Conseguiriam voltar a ser felizes sabendo que a sua "felicidade" custou a vida de outras pessoas e a tristeza de várias famílias. E me causa muito mais repulsa ter a certeza de que existem pessoas que pensam assim, aqui nesse "mundo real".

Como eu disse ali em cima, eu sou da opinião que para ser tratado como um igual, deve-se agir como igual. E antes que comecem a falar qualquer coisa a meu respeito, eu digo que sim, eu já fui do tipo de pessoa que daria qualquer coisa em troca do "bem estar" que aqueles deficientes procuravam no filme. Só que isso morreu em mim no exato momento que eu percebi que o meu bem estar depende única e exclusivamente do modo que eu ver as coisas ao meu redor.

É tudo uma questão de se adaptar ao meio e fazer com que ele se adapte a você. Abaixar a cabeça é covardia, é sinal de fraqueza. É mostrar para os outros que, sim, você é inferior, você deve e merece ser tratado como um inferior. Não culpe o mundo pela sua "desgraça", é você mesmo que está alimentando a infelicidade.

Tudo isso que eu disse aí em cima se aplica a milhares, milhões de outros casos, não estou falando tudo isso só para as pessoas que passam pelo mesmo que eu.

Eu deveria entrar a fundo no mérito da mídia também, porque ela tem um papel muito importante em toda essa atmosfera. Grande parte das pessoas agem baseadas no que a televisão mostra a elas. Mas, honestamente, eu acho que esse outro lado merece um texto em separado, que eu prometo providenciar assim que possível.

O que me importa aqui é mostrar que estamos no meio de uma sociedade doente que, além de egoísta, tende sempre a culpar o mundo por suas tragédias. É preciso parar e pensar um pouco. Não é difícil perceber que os meios justificam os fins. E é menos difícil ainda tomar consciência que, esses meios, somos nós mesmos que construimos.

sábado, 24 de outubro de 2009

Falta de moral: A verdadeira degradação


Delinquencia juvenil, uso de drogas, prostituição, falta de moradia, de saúde e de saneamento básico – esses são alguns dos fatores mais citados quando o assunto é a chamada Degradação Social.

Crianças que são forçadas a viver nas ruas, atrás de uma moeda ou uma migalha de pão, adolescentes que se vêem sem alternativa alguma além a de vender o seu próprio corpo para conseguir algum di-nheiro. Famílias desestruturadas, pessoas que já se consideram sem dignidade alguma... Mas será que esses são mesmo os melhores exemplos para definir a Degradação Social? Será que são mesmo esses os maiores problemas sociais da atualidade?

E quanto àqueles senhores de terno e gravata que preferem tapar seus olhos diante de um pequeno pedindo esmola no sinal? E quanto àquelas senhoras com suas bolsas e sapatos de grife que atravessam a rua “com medo” de uma pessoa dormindo na calçada?

Parece bonito ver pessoas dizendo que seus maiores desejos são a paz mundial e a extinção completa da fome no mundo, mas, quando analisamos com mais atenção, percebemos que a maior parte desses indivíduos nunca realizou um trabalho voluntário ou ajudou uma instituição ou família carente.

A verdade é que grande parte das pessoas apontadas como degradantes e sem dignidade têm valores muito mais importantes do que a maioria daqueles que têm o que comer e onde dormir todos os dias. A verdade é que vivemos em uma hipocrisia sem fim. Onde gritamos contra a desigualdade, mas não fazemos nada para combatê-la. Onde preferimos sorrir para a câmera a abrir os olhos para a realidade. A grande verdade, é que a pior das degradações que pode haver é a Moral e, essa, é o que temos de sobra hoje em dia.

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Estava bastante receosa a respeito de postar esse texto aqui. Tanto, que esperei a nota dele chegar, pra ver se postava ou não...

Bom, como receber um "seu texto está impecável" de uma professora doutora não acontece todos os dias, acho conveniente compartilhar com vocês essa matéria que produzi para a aula de Sociologia!

Comentários e opiniões são muito, muito bem-vindos!



segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Um pouco de música, da boa, pra dar uma variada.

Primeiro, sinto que devo pedir desculpas pelo último post. E basta dizer que está tudo bem, agora! Talvez depois eu venha aqui dizer mais algo sobre isso...

Agora eu quero é compartilhar uma coisa que acabei de conhecer (há, tipo, nem meia hora). Pessoas desocupadas tendem a passar mais tempo no Twitter, não é?! E aí acabam clicando em tudo o que os outros postam e tal. Pois é, eu dificilmente clico... Só quando vem de alguém que eu tenho certeza que vale a pena. Agora a pouco, Cesar Ovalle, o meu ídolo-mór da fotografia (junto com o meu pai, é lógico) postou um link dizendo: Quando a fotografia transforma o simples em algo realmente amistoso. Eu fiquei curiosa e fui ver do que se tratava... E deparei com isso:


Se trata de um rapaz nascido em Pittsburg, estado da Pensilvânia, chamado William Fitzsimmons. O cara me encantou com uma música só, assim, de primeira. Adoro quando isso acontece. E então eu fui atrás de: disco pra baixar e informações sobre ele, lógico.

Encontrei que ele é o filho mais novo de pais cegos, foi criado num ambiente predominantemente sonoro; o que pode ter influenciado e aflorado suas habilidades musicais.

Ele faz tudo sozinho. Compõe letra e melodia, canta, toca, grava... Tudo sozinho! Isso me fez gostar mais ainda dele.

O som é bem leve, simples... Cativante. Sabe aquele tipo de música que você deixa tocando e se deixar, fica o dia inteiro lá? Pois é. Pra mim, é excelente pra concentração, na hora de ler, escrever, criar alguma coisa... Inclusive estou ouvindo o último álbum dele, "The Sparrow & The Crow", lançado ano passado, enquanto escrevo aqui.

Então fica aí a dica pra vocês. Depois de um post meio conturbado, deixo aqui um som pra relaxar, refletir e admirar!


PS: Quem tiver atrás de link pra baixar, contate-me. hehe.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Aspirante Confusa.

Eu sei, muito tempo sem vir aqui. Eu sei, eu sei. Mas eu tenho meus motivos... Não que eles sejam exatamente convincentes ou até mesmo suficientes para explicar a minha ausência.

Tá tudo meio... Estranho. De uma hora pra outra eu me vi sendo uma Ieska preguiçosa e sem vontade de nada, igual aquela Ieska do colegial... De repente a Ieska do semestre passado desapareceu. De repente ficou tudo meio turvo e sem sentido...

E uma coisa que me faz perceber que estou estranha é o tanto de reticências que minhas frases têm. Eu sou uma garota de pontos finais, não de reticências. Reticências não são um bom sinal, definitivamente.

E na real eu nem sei porque tô escrevendo aqui... O blog de uma aspirante deve ser motivador, interessante, não um monte de palavras soltas e revoltadas e perdidas...

Chega. Eu não gosto desse monte de reticências poluidoras de texto.


...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Show de Truman

Nesse mundo em que estamos, a confusão entre o real e a ficção é cada vez mais comum. Assim como a troca e inversão de valores. De repente nos olhamos no espelho e vemos vultos vazios, que se preocupam mais com a vida alheia do que com a própria e acreditam que assistir relacionamentos humanos pela televisão é muito mais oportuno do que dizer bom dia ao vizinho, quando o encontra na saída de casa.

No filme “Show de Truman” é possível ter uma visão bem clara disso tudo. Truman, o protagonista interpretado brilhantemente por Jim Carrey, é a peça principal de um reallity show. Nasceu em uma cidade cenográfica, onde tudo é programado para acontecer. Seus vizinhos, amigos, colegas de trabalho e até mesmo sua esposa são atores contratados. Truman é o único ali a não saber que está sendo filmado, vigiado, manipulado.

A pior parte de assistir a esse filme é, ao final dele, perceber como tudo aquilo é real. Como nada ali passado é muito longe da verdade em que vivemos.

Aqui, nesse “mundo real”, enlouquecemos quando não podemos acessar à internet. Exatamente como aconteceu aos expectadores do programa de Truman, quando o mesmo saiu do ar por algumas horas. Não sabia-se o que fazer, como agir, o que pensar...

É assustador perceber o quanto somos manipulados, como somos todos os bobos da corte nesse castelo de cartas que não pretende nunca desabar.

Resta-nos esperar apenas que algum dia tenhamos o mesmo final que Truman teve: Abrir os olhos, perceber o que acontece ao nosso redor, e fugir desse show de horror. Resta-nos torcer para que a “ficção”, que é o filme, ajude a transformar a “realidade”, que é a nossa vida.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A primeira semana e o domingo.

A intenção era chegar aqui e escrever um milhão e meio de linhas. Mas, como eu já disse aqui antes, meus planos sempre são interrompidos. Minha tendinite no braço direito decidiu me lembrar de sua existência... Poxa, fazia tanto tempo que ela não aparecia...

Então, é, não poderei escrever o milhão e meio de linhas... Mas ainda quero tenho coisas a dizer aqui!

Bom, minha primeira semana de aulas do segundo semestre foi... Cansativa. E estranha. E boa, muito boa! Confesso que fiquei insatisfeita com minhas notas do segundo bimestre (que só foram divulgadas agora). Nenhuma foi exatamente ruim, mas também não chegou nem perto do bom desempenho no primeiro bimestre.

Fiquei muito feliz com o resultado do artigo de Semiótica, que escrevi sozinha e recebi uma das melhores notas da sala. Me senti orgulhosa! Também gostei da nota de Cultura e Artes (que agora é Sociologia, mas isso eu já chego nesse assunto), receber um 9,5 de uma professora exigente é muito bom.

Agora, o principal nessa primeira semana foi o anúncio da mudança de grade no curso. É, no meio do ano. Sim, vergolha alheia da falta de organização e planejamento da faculdade. Uma das mudanças me agradou muito: Não temos Semiótica mais esse ano (a matéria foi transferida para o segundo ano). No lugar dela, teremos Português. Gostei muito mesmo! A mudança de Noções de Política, Economia e Legislação para Métodos de Pesquisa em Comunicação também foi interessante... Apesar de isso não melhorar em nada a minha opinião sobre a professora. Não teremos mais Cultura e Artes... E isso não é legal. Essa aula, que para muitos era uma grande besteira e perda de tempo, para mim era muito proveitosa. Aprendi muito mesmo. No lugar dela, entrou Sociologia. Não estou tão triste, porque a professora é a mesma. Então creio que serão ótimas aulas também.

E, queridos, como nem tudo são flores, aqui vai a decisão mais pândega da Direção: Estudos de Comunicação e Informação (aquela matéria horrorosa que queimou meu boletim com uma nota vermelha) virou Informática. É. Eu vou calar a minha boca sobre isso.

Enfim. Fora tudo isso, é válido dizer que já temos muitos trabalhos a fazer. E é mais válido ainda dizer que eu estou muito feliz com algumas posturas que decidi adotar, daqui pra frente. Me sinto mais alegre e passo a aula toda dando risada.

Agora eu quero falar um pouquinho do meu final de semana, mais especificamente de ontem, domingo. Fui à Bauru ver o meu pai e buscar minha irmã, que chegou de São Paulo para passar alguns dias aqui.

Eu ganhei uma câmera fotográfica nova! E, devo dizer, papai não poderia ter me dado presente melhor. Ela, além de parecer que foi feita especialmente pra mim (pequena, levinha, prática e tem uma resolução muito boa. Tudo o que eu precisava), fez, não sei, com que eu me sentisse merecedora de ganhá-la. Sabe... Não é só uma câmera digital... É... Talvez uma prova de que ele acredita que eu posso fazer bom uso dela. Eu gostei muito disso.

E para finalizar, contarei sobre o espetáculo de ver Rafinha Bastos num palco. O cara é bom. Ele é verdadeiramente bom. A organização do evento foi lamentável.

À começar pelo local: Uma boate. Me digam em que lugar desse mundo organiza-se uma peça em uma boate? Não, eu mesma respondo: Em Bauru. Eu e minha irmã fomos colocadas em um lugar completamente improvisado, no meio do caminho, sem o menor conforto. E não, o ingresso não foi nem um pouco barato.

Depois as pessoas torcem o nariz quando eu falo mal de cidades do interior. Gente, na Capital você não vê esse tipo de coisa. Parece que tudo aqui no interior é feito à base do: Vai assim mesmo.

Bauru, que é uma cidade com tudo para dar certo, dá cada vez mais errado. Me causa pena e revolta...

E eu poderia ficar horas e horas discorrendo sobre isso, mas infelizmente o braço já está reclamando...


Vejo vocês depois!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Aspirante Ansiosa.

São 04:35pm. Eu vou tomar banho às 05:00pm, segundo a minha mãe. Eu tenho exatos vinte e cinco minutos. Ok. Eu estou ansiosa. Meu pai disse que quer pelo menos um post por dia aqui. Eu tenho que obedecer o meu pai. Minha irmã disse que espera ler coisas boas aqui. Eu tenho que cumprir (ou pelo menos tentar) com as espectativas da minha irmã. Meu namorado já deve ter cansado de falar pra eu relaxar. Eu tenho que parar de encher o saco do meu namorado. Bom, de acordo com tudo isso, então, é uma boa vir aqui falar alguma coisa, né?!

Eu estou ansiosa. É, acho que isso já deu pra perceber, né?! Eu me sinto ansiosa exatamente como eu me senti no primeiro dia de aula. Mas dessa vez eu não tenho mais medo - eu tenho amigos me esperando chegar lá. Eu conheço meus professores, eu sei onde é a minha sala e eu já tenho um lugar lá. Tudo isso faz com que essa seja uma das melhores ansiedades que eu já senti. Porque... Eu amo estar lá. Eu quero muito estar lá. E eu vou pra lá daqui a pouco!

A única coisa que me deixa meio brava é a possibilidade de haver as tais medidas de prevenção contra a Gripe A. Isso vai me irritar, sim.

E a minha única incerteza é sobre o horário: Uns dizem que vamos ter aula até às 10:30pm agora e dez minutos a menos de intervalo, porque tiraram o tal do Horário Pró-Aluno. Eu, sinceramente, espero que isso aconteça mesmo. Duas horas e meia de aula é muito pouco.

...E eu nunca imaginei que algum dia eu falaria isso.
...Minha mãe disse que nunca imaginou ouvir isso de mim.

É, essa tal de Comunicação Social me mudou mesmo. E eu adoro muito isso.

Agora são 04:43pm. Eu vou pro banho em dezessete minutos.

Estou ouvindo Barão Vermelho agora, o que pode-se considerar um avanço. Considerando que eu nunca consigo escrever ouvindo música em português...

Tá bem, chega.
Gosto de ter esse blog, definitivamente.

domingo, 16 de agosto de 2009

Então, vamos começar de novo!

Engraçado eu estar abrindo isso no meu último dia de férias de inverno. Aliás, não sei bem se é engraçado, ou se é interessante, ou qualquer coisa assim. Acho que só sei que essa é a minha tentativa maior de conseguir voltar a escrever algo que me satisfaça...

Essas férias, de acordo com os meus planos, seriam aproveitadas para escrever o máximo possível; no mínimo um bom texto por dia. Eu realmente queria fazer isso. Porém, eu creio que precise parar de planejar tanto todas as coisas... Meus super planos nunca são completamente executados. Acredito que o incerto e o repentino funcionem melhor pra mim.

Mas, bem, o fato é que eu não consegui escrever uma linha decente durante todo esse último mês. E isso não fez nada nada bem para essa que vos fala. Imaginem a situação: Você possui apenas uma área de escape, para desabafo, para compartilhar felicidade, tristeza ou o que for. Aquilo é o que te faz bem de verdade. E, de repente, você não consegue mais! É, nada bom, né?! E é por isso que eu estou aqui, agora.

Ontem, conversando com uma amiga especial, eu estava falava sobre isso. Ela disse "Tente mudar o seu estilo de escrever. Escreva sobre coisas que nunca escreveu antes" e então eu lembrei que tinha pensado em criar um blog com esse nome 'Ainda Aspirante'. O Musichollycs me limitava muito... Eu só podia falar de música nele. Tudo bem que música provavelmente será o tema predominante aqui... Mas eu também quero falar de outras coisas!

Esse blog, Ainda Aspirante, então, vai ser uma espécie de "Diário de Viagem" para mim. É aqui que eu vou vir falar sobre coisas que passam pela minha cabeça, coisas que acontecem comigo, enfim. É aqui que eu vou registrar os meus próximos três anos e meio de faculdade. Penso que será uma experiência interessante, no final de tudo.

Uma aspirante. É isso que eu sou. Uma criatura do sexo feminino (que ainda não é uma mulher, mas também não é mais uma menina) que quer aprender o máximo que puder, que quer produzir o máximo que puder... Que não é pretensiosa a ponto de achar que pode mudar o mundo sozinha, mas que acredita que pode ajudar a fazê-lo.