“Passadas duas das melhores semanas de seu ano, percebera quanto a Cidade Cinza realmente lhe fazia bem. Sabia. Tinha certeza que era ali que conseguiria pensar e balancear tudo o que precisava.
Decisões, tantas delas… E momentos bons, tão bons.
O conceito de amizade foi repensado e, inclusive, constatado. Perto de tantas pessoas só querendo o seu bem, percebeu quanta coisa estava errada em si mesma com relação aos outros (e vice-versa).
Em duas semanas, cresceu dez anos e sorriu vinte.
Embalada por uma excelente melodia e pelo aroma imaginário da cafeína, deu um passo importante para a principal decisão que precisava ser tomada. Se viu, ao contrário do que pensava antes, absolutamente capaz de arcar com as consequencias e com as responsabilidades de suas novas escolhas.
Agora, ali, naquele quarto escuro, de volta à realidade, colocara em ordem todos os acontecimentos recentes. Sorriu. Legal mesmo era brincar com os próprios pensamentos, até mesmo maximizando-os, abstrair-se de si própria e, no final, registrar tudo em terceira pessoa.”
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