quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Capitã da sexta divisão

 

Se existe uma única palavra que me defina agora, essa palavra é nostalgia.

Lembrar daquilo, de tudo aquilo. Dos “bom dia” sonolentos ao chegar e dos mais empolgados algumas horas depois. Dos “É aula de quem agora? Ah não, jura??”. Dos bilhetinhos que rendiam risadas altas (e, né, tiravam toda a discrição da história), alguns escritos em código – às vezes de exército, às vezes naquele de substituir pela letra anterior do alfabeto.

As pizzas e o Habbib’s de sexta, as panquecas com brigadeiro, as festas do pijama e a festa do miojo. Dizer pro professor que estava passando mal e matar o resto da aula no banheiro (crianças, não façam isso).

A união, a cumplicidade, o corredor da sala dos professores e o fósforo branco. As risadas, as risadas e as risadas.

Nostalgia. Lembrar de como nos metíamos em conflitos dignos de pessoas adultas ao mesmo tempo em que algumas bacias de pipoca e um filme qualquer eram o suficiente para nos fazer rir por uma noite inteira. E o filme nem precisava ser de comédia.

Lembrar de como era tudo mais simples, mais engraçado, mais em família. Lembrar de tudo daquele tempo, que nem faz tanto tempo assim.

Nostalgia.

Se existe uma única palavra para definir esses momentos, essa palavra é saudade.

 

Aspirante ouve: Sugarcult, Counting Stars. Curiosamente (ou não) a música que embalou a fase “logo após” todo esse tempo descrito acima.

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