quarta-feira, 21 de abril de 2010

Um pouco de coerência nenhuma

Como se eu, algum dia, tivesse escrito algo coerente…

Não sei, só sei (?) que a vontade de escrever tá pulsando tão forte dentro de mim (isso aliado à imensa pressão psicológica que uma certa amiga tem me submetido com os incontáveis “Você tem que escrever mais, você tem que escrever mais!”) que eu decidi vir aqui liberar algumas ideias desconexas e intangíveis…

Vocês já repararam como as palavras tem força? E as ações? Será que elas têm mesmo mais peso que as palavras? Já repararam como, invariavelmente, somos todos absolutamente hedonistas e, no fim, acabamos quase sempre optando pelo que é a nossa vontade? Ainda que nós pensemos “Não vou fazer isso, pra não machucar o outro”…

O pensamento por si só já não é a arma na mão, brilhante, convidativa, pronta pra atirar? E a ideia? Ela não é a bala? E o impulso? Ele deve ser o prazer de fechar os olhos e ouvir o som do gatilho. A ação é o tiro ou o choque da bala no corpo? A consequência é o dano, a sequela ou a consciência do tiro?

Isso está fazendo algum sentido? Espera… Isso está sendo a intenção de atirar, o fechar de olhos, o tiro, o encontro da bala ou a consequencia?

Você tentando fazer metáforas, Ieska? Você nunca foi boa de metáforas… Você nunca conseguiu encaixar metáforas nos seus textos e isso uma das coisas que mais te incomodam na hora de escrev— Ops, você falou… Você contou pra todo mundo… E agora? Você vai continuar sendo vista como a mimada manipuladora que se acha melhor que todo mundo?

Espera de novo. Calma. Se você é mesmo todos esses adoráveis adjetivos, por que é que tem cada dia mais gente perto de você? Por que é que você está cada vez mais cercada de gente? Por que é que você vê tão poucos rindo como você e os que estão perto de você?

Ah os pré-julgamentos… Ah o ser humano aderindo demais ao: Faça o que eu digo, não o que eu faço. Que frazesinha mais furada, né?! É muito um: “Estou lavando as minhas mãos se você fizer algo errado, ainda que eu também já tenha cometido o mesmo erro, eu te avisei que não era pra fazer”.

Deixa eu contar uma coisa… Pense comigo… “Faça o que eu digo, não o que eu faço”. Dizer é uma ação… Dizer é fazer… Ao dizer, você está cometendo uma ação… Não isente sua palavra de ação, não isente sua cosciência de responsabilidade… Não se isente de si mesmo…

Faça um pouco mais sentido que esse post…

Ou melhor, faça esse post ter sentido pra você. Sem essa de: Não entendi o que você quis dizer, não sei o que tá acontecendo na sua vida. Aplique isso a você, à sua vida. Seja uma única frase ou um parágrafo inteiro. Permita-se pensar e considerar incoerências, subjetividades, relatividades…

Feche os olhos, sinta o som, atire… E não lave as suas mãos para as consequencias.

A graça de tudo é nunca estar preparado, mesmo…

A graça é aprender na hora, se surpreender consigo mesmo e escrever meia dúzia de ideias sem sentido nenhum.

6 comentários:

  1. Reeelindoooooo,, as respostas sempre vem, e hoje veio mais uma *-*

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  2. Vou me unir à sua amiga e te perturbar para que escreva mais!!! O mundo merece ler o que você escreve!!!! Parabéns!! Amo você!!!

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  3. Venho sistematicamente tentando ouvir o que meus olhos não vem sem esquecer de me esquivar das labaredas de neve que meu coração cospe em ensolarados dias iluminados pela Lua.
    Obrigado querida, você nos brinda com seus preciosos devaneios. Pena serem em doses homeopáticas.
    Bjkas

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  4. Cada vez mais talentosa. Adorei!! Vou levar comigo as ultimas frases do seu post pra essa semana - com as devidas referências, claro!

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  5. porra eu nao entendi nada e entendi tudo uahsua
    essa foi foda.
    lindas reflexoes yeskita
    ;)

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